Bradesco (BBDC4) apresenta recuo de 39% no lucro líquido no 1T20

O Bradesco (BBDC4) apresentou, nesta quinta-feira (30), um lucro líquido recorrente de R$ 3,75 bilhões referente ao primeiro trimestre deste ano. O valor equivale a uma queda de 39,8% sobre o mesmo período do ano passado, e retração de 43,5% sobre o quarto trimestre de 2019. Já o lucro líquido contábil teve retração de 41,9% em um ano, chegando a R$ 3,38 bilhões.

Além disso, o Bradesco informou que a carteira de crédito expandida foi de R$ 655,1 bilhões no trimestre, uma alta de 17% sobre o apresentado doze meses antes. Para o segmento de pessoa física, o crédito foi ampliado em 19,5% frente os três primeiros meses do ano passado, enquanto para a pessoa jurídica cresceu 15,6% na mesma base de comparação.

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A receita de prestação de serviços, como manutenção de conta corrente e demais tarifas bancárias, cresceu 2,6% em comparação ao 1T19, saindo de R$ 8,07 bilhões para R$ 8,28 bilhões.

Já o resultado das operações de seguros, previdência e capitalização, no entanto, caiu 23,4% na comparação anual. Enquanto no primeiro trimestre do ano passado o valor captado havia sido de R$ 3,82 bilhões, no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 2,93 bilhões.

O Bradesco informou que o Retorno Anualizado sobre o Patrimônio Líquido Médio (ROAE), no primeiro trimestre de 2020, foi de 11,7%. Esse indicador teve uma queda de 8,8% e de 9,5% em comparação com o primeiro trimestre e o último trimestre de 2019, respectivamente.

Segundo a instituição financeira, nos primeiros três meses do ano, foram pagos R$ 1,01 bilhão em dividendos ou juros sobre capital próprio (JCP). O valor é 42,2% menor que o distribuído no mesmo período do ano passado, e 89,3% inferior ao distribuído durante os últimos três meses do ano passado.

Um dos destaques do trimestre, segundo o banco, é a Provisão de Devedores Duvidosos (PDD) expandida. Neste trimestre, o valor utilizado foi de R$ 6,70 bilhões, enquanto um ano antes era de R$ 3,60 bilhões, 86,1% a menos.

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A companhia destacou que durante o período da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) vem apoiando e atendendo os diversos tipos de clientes que possui. Para o segmento de pessoa física, foi realizada a prorrogação em até 60 dias de pagamento das parcelas de empréstimos e financiamentos, conforme acordado com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Para as pequenas e médias empresas, financiamento de folhas de pagamento através do Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (PESE), com seis meses de vencimento da primeira parcela, com prazo de 30 meses para a quitação, atrelado a uma taxa de juros de 3,75% ao ano, alinhada com a taxa básica de juros da economia (Selic). Além disso, também foi prorrogado o pagamento de empréstimos e financiamento em até 60 dias.

Para as grandes empresas, além da postergação do pagamento de empréstimos e financiamento, o Bradesco informou que proveu linhas de capital de giro para apoiar a necessidade imediata de caixa das companhias.

Jader Lazarini

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