Bolsonaro diz que leilão de aeroportos vai gerar R$ 3,5 bi em investimentos

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda (18) que os leilões dos aeroportos vão gerar investimentos de pelo menos R$ 3,5 bilhões. A previsão é de que sejam realizados em 15 de março, segundo ele. A informação já havia sido dada pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

“Todos os leilões dos aeroportos citados estão previstos para serem realizados até março deste ano”, escreveu Bolsonaro em seu Twitter. “Qualidade no serviço específico, empregabilidade e economia. Estes são apenas os primeiros passos dentro desta área”.

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Ele citou os 12 aeroportos que vão compor o leilão:

  • Recife (PE)
  • Maceió (AL)
  • Aracaju (SE)
  • Juazeiro do Norte (CE)
  • João Pessoa (PB)
  • Campina Grande (PB)
  • Vitória (ES)
  • Macaé (RJ)
  • Cuiabá (MT)
  • Sinop (MT)
  • Rondonópolis (MT)
  • Alta Floresta (MT)

Os aeroportos serão separados em três blocos: Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. O bloco Nordeste é o que tem projeção de receber mais investimentos. Cerca de R$ 2,152 bilhões devem ser aportados nos seis aeroportos da região. Em seguida vem o bloco Centro-Oeste, com previsão de receber R$ 770,6 milhões. E então o bloco Sudeste, com R$ 591,7 milhões.

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Os investimentos previstos em cada um dos 12 aeroportos

Bloco Centro-Oeste

  • Cuiabá: R$ 539,7 milhões
  • Sinop: R$ 85,1 milhões
  • Rondonópolis: R$ 73,4 milhões
  • Alta Floresta: R$ 72,5 milhões

Bloco Nordeste

  • Recife: R$ 865,2 milhões
  • Maceió: R$ 411,8 milhões
  • João Pessoa: R$ 271,4 milhões
  • Aracaju: R$ 255,1 milhões
  • Juazeiro do Norte: R$ 193,5 milhões
  • Campina Grande: R$ 155,7 milhões

Bloco Sudeste

  • Vitória: R$ 323,6 milhões
  • Macaé: R$ 268,1 milhões

Privatizações de aeroportos e o fim da Infraero

O governo Bolsonaro já manifestou a intenção de privatizar toda a rede de aeroportos do Brasil em até três anos. Isso levaria ao fim da empresa que hoje administra a rede, a Infraero. A intenção é liquidar ou extinguir a estatal.

Desde que se iniciou o programa de concessões de aeroportos, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016), a Infraero enfrenta problemas de caixa. Terminais de grande movimento, como o de Guarulhos (SP), Brasília e Galeão (RJ) não são mais administrados pela estatal. Entretanto, a Infraero entrou como sócia em diversas dessas concessões. Uma decisão que aprofundou seus problemas de caixa. Todas as participações da Infraero também deverão ser vendidas.

Parte dos funcionários da estatal deve ser transferida para uma nova empresa de controle aéreo. Parte já vem sendo desligada num programa de demissão voluntária bancado com recursos obtidos com as concessões.

Cerca de mil funcionários têm sido desligados por ano. No início do processo, a Infraero tinha 12 mil empregados. Hoje são 9 mil.

Guilherme Caetano

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