Bolsonaro e Maia descartam nova CPMF em meio à reforma tributária

O presidente, Jair Bolsonaro (PSL), e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) rejeitaram a possibilidade da volta da CPMF na reforma tributária.

Em Barra Ribeiro (RS), Bolsonaro foi enfático: “Determinei que não existirá nova CPMF. Nós vamos é fundir impostos”. Segundo o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, a reforma tributária será entregue ao Congresso nos próximos dias.

Volta da CPMF

Durante um evento no Banco Santander, em São Paulo, o presidente da Câmara afirmou que “a única certeza” que tem é que a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não será retomada “sob hipótese alguma”.

Maia afirmou que existe um ambiente propício no Congresso para a discussão das reformas, sem que haja disputas entre Câmara e Senado, quando propostas diferentes tramitam nas duas casas ao mesmo tempo.

Durante a análise da reforma tributária, segundo Maia, os parlamentares deverão achar uma saída para que nenhum setor econômico seja taxado com alíquotas maiores àquelas que podem arcar.

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Ele afirma que as grandes empresas avançaram grandemente na defesa de seus interesses ao longo dos últimos anos, baseando-se nas leis aprovadas no Legislativo Federal. “Ao longo dos anos foi ficando claro que entregamos orçamento para eles, teve R$ 400 bilhões de incentivo fiscal. E não temos mais orçamento pra atender sociedade e espaço para aumentar imposto”, disse.

“Tem setores da economia hoje que pagam muito pouco imposto”, reiterou. Segundo ele, mesmo que a carga tributária não seja reduzida na reforma tributária, simplificar a estrutura de impostos já acabaria com as distorções vistas atualmente.

Reforma tributária em tramitação

De acordo com o presidente da comissão especial da reforma tributária, deputado Hildo Rocha (MDB-MA), existe a expectativa de conclusão da análise da proposta de reforma apresentada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) no colegiado nos primeiros quinze dias de outubro.

Veja também: Reforma tributária: Cintra fala em alíquota sobre transações

O relator do texto e líder da maioria na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), se encontrará com Maia na manhã desta terça-feira (13) para concluir o cronograma da comissão especial antes da apresentação do plano de trabalho.

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“Queremos votar na comissão em até dois meses. É importante que consigamos cumprir esse calendário para que o plenário tenha tempo suficiente para concluir os dois turnos ainda neste ano”, afirmou Rocha. O plano de trabalho discutido será apresentado hoje na sessão da comissão especial.

Jader Lazarini

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