Bolsonaro: Brasileiro não aguenta mais carga tributária

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na última quinta-feira (23), que o brasileiro não aguenta mais carga tributária. A discussão vem à tona em meio à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que eleva o repasse da União para custear o fundo de financiamento da educação básica do Brasil, o Fundeb.

Conforme aprovado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (22), o repasse passou de 10% para 23%. Para Bolsonaro, o percentual aprovado “ficou de bom tamanho”, mas revelou que acertou “lá trás” com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que não deveria ocorrer nenhum aumento na carga tributária.

“A gente espera que a economia pegue, porque senão o brasileiro não tem como aguentar mais carga tributária, impossível, isso aí está acertado com Paulo Guedes lá atrás não ter aumento da carga tributária”, disse o mandatário, em sua live semanal nas redes sociais.

Suno One: acesse gratuitamente eBooks, Minicursos, Artigos e Video Aulas sobre investimentos com um único cadastro. Clique para saber mais!

Bolsonaro salientou que é necessário saber de onde sairá o dinheiro para pagar a elevação das despesas em razão do aumento da contribuição da União para com o Fundeb. Segundo ele, o Congresso deverá averiguar tal questão.

O mandatário afirmou que o Fundeb, que é uma das principais fontes de financiamento da educação básica do País, é mais uma despesa obrigatória — e um problema sério — que deve ser solucionada a partir das reformas estruturantes.

Bolsonaro voltou a dizer que o Brasil é um dos piores países para se investir, ressaltando a importância da reforma tributária. Na última terça-feira (21), o Ministério da Economia apresentou parte de sua proposta para a reforma, entregando-a ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Guedes quer tributação digital, diz Bolsonaro

No último sábado (18), Bolsonaro que disse que Guedes não está propondo a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), mas sim a implementação de um tributo digital, com “uma proposta de desoneração”.

“O que o Paulo Guedes está propondo não é a CPMF não, é uma proposta de tributação digital. Não é apenas para financiar o grande programa [social, para substituir o Bolsa Família], é para desonerar também a folha de pagamentos”, afirmou o mandatário a jornalistas no Palácio da Alvorada.

Confira: Guedes diz que o governo deve gastar melhor, não mais

“É uma compensação, eliminar um montão de encargo em troca de outro. Mas se a sociedade não quiser, não tem problema nenhum”, disse. Para Bolsonaro, “não é fácil a vida dos patrões, as pessoas falam que é difícil a vida dos empregados, mas a dos patrões também é difícil”.

Quando perguntado sobre o que achava do novo imposto, Bolsonaro não quis responder. “Não pergunte se eu sou favorável, isso aí é maldade”, disse.

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião