Bolsas globais sobem após divulgação de dados econômicos

As bolsas globais operam em alta nesta terça-feira (23), ampliando o otimismo das últimas semanas quanto à recuperação das economias. Os futuros de Nova York apresentam alta, enquanto os mercados europeus e asiáticos permanecem positivos.

Por volta das 7h15, as bolsas mundiais, assim como os futuros dos EUA, operam no azul. O S&P 500 futuro operava com uma alta de 0,86%. Na última segunda-feira (22), o índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou em alta de 0,65%, a 3.117,86 pontos, cerca de 8% abaixo do pico atingido no período pré-pandemia.

O mercado estadunidense aguarda a divulgação dos dados econômicos dos setores de manufaturas e serviços, às 10h45 (horário de Brasília). A expectativa é de que os dados mostrem que a contração, devido à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), esteja diminuindo.

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O Dow Jones também subia 0,97%, para 26.201,5 pontos. A Nasdaq, por sua vez, operava em avanço de 0,71%, a 10.197,75 pontos, sua máxima histórica. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, caía 2,23%, a 30,92 pontos.

Na manhã desta terça, os investidores europeus foram supreendidos pelos dados econômicos da França, segundo o gerente de compras (PMI, na sigla em inglês). O indicador francês atingiu a marca de 51,3 pontos em junho, o que significa um avanço no setor de manufatura e serviços do país. Da mesma forma no Reino Unido, onde o PMI reportado em junho foi de 50,1, enquanto em abril havia sido quase 50% menor.

PMI do Reino Unido em junho, a 50,1 pontos

Às 7h30, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 2,01%, a 12.561,8 pontos, também demonstrando certo otimismo quanto à recuperação da economia — mesmo com um leve aumento nos casos do coronavírus. O britânico FTSE 100 apresentava subia 1,15%, para 6.277,0 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava +1,68%, para 4.995,5 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano, operava com um avanço de 1,14%, a 19.717,50 pontos, atingindo o nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 1,51%, para 3.286 pontos.

Segundo Sebatien Galy, macro-estrategista da Nordea Asset Management, em entrevista ao “The Wall Street Journal”, “o que importa é a aceleração na taxa de crescimento desses dados. Não esperávamos ver a aceleração por alguns meses, mas há sinais de que já estamos conseguindo agora”. “Isso é muito positivo para o mercado de ações.”

O mercado asiático sofreu forte volatilidade no pregão encerrado nesta manhã. O responsável comercial da Casa Branca, Peter Navarro, provocou uma dúvida entre os investidores quando afirmou à “Fox News”, na noite da última segunda, que o acordo estava “acabado”. O presidente Donald Trump, então, interveio e disse em sua conta pessoal do Twitter que o acordo está intacto, e que espera que as negociações continuem para que um acordo seja alcançado.

The China Trade Deal is fully intact. Hopefully they will continue to live up to the terms of the Agreement!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 23, 2020

Navarro chegou a dizer, posteriormente, que sua observação foi tomada “descontroladamente” fora de contexto. Após o tuíte de Trump, as bolsas asiáticas fecharam suas negociações no azul. O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão com uma leve alta de 0,18%, a 2.970,62 pontos.

A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com um avanço de 0,50%. A bolsa de Hong Kong fechou com uma alta de 1,62%. Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando +0,21%.

Às 7h50, o petróleo WTI subia 1,67%, sendo negociado a US$ 41,41 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava uma baixa de 1,51%, a US$ 43,73 o barril.

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Os preços da commodity procuram retomar a tendência de alta após a gradual recuperação da demanda, ao passo que as economias de todo o mundo reabrem. Na última semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deu sinais positivos sobre os cortes na produção.

Apesar do otimismo apresentado ao longo de junho, os futuros norte-americanos e as bolsas globais permanecem atentos aos possíveis efeitos do coronavírus na economia mundial.

Jader Lazarini

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