Bolsas globais disputam IPO da Saudi Aramco, maior petrolífera do mundo

As maiores bolsas do mundo reiniciaram as disputas para sediar a maior oferta inicial de ações (IPO, em inglês) da Saudi Aramco, maior petrolífera mundial.

Representantes das bolsas de Nova Iork, Londres e Hong Kong estão em contato direto com a petrolífera, na tentativa de convencê-la. O presidente da London Stock Exchange Group, David Schwimmer, foi um dos que visitaram a diretoria da Saudi Aramco, segundo uma fonte disse ao jornal “Exame”.

Bolsas propõem incentivos à Saudi Aramco

A gigantesca asiática espera captar US$ 100 bilhões com a abertura de capital. Conseguir um espaço na operação seria importante para bolsas que apresentam volumes baixos de transação, ocasionando mais volatilidade nos mercados financeiros.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-3.png

Não é a primeira vez que a Aramco planeja a oferta inicial de ações em alguma Bolsa ao redor do mundo. Desde as mais volumosas, como Nova York e Tóquio, já disputaram a listagem da empresa. Bolsas menores, como as de Cingapura e Toronto, também entraram na disputa. Porém, as tentativas dos mercados foram fracassadas após a Aramco suspender os planos de abertura de capital após dois anos em preparativos, pois decidir comprar uma participação na química Saudi Basic Industries por US$ 69 bilhões no início desse ano.

À época, as bolsas de todo o mundo ofereceram à Aramco diversos incentivos. Segundo fontes, uma das propostas era uma listagem dupla na Arábia Saudita e em Hong Kong em troca de cotas em fundos de investimentos chineses. A Bolsa de Londres viu suas chances aumentarem após o orgão regulador local, ano passado, flexibilizar as regras de listagem para atrair companhias estatais de todo o mundo.

Confira: C&A pretende arrecadar mais de R$ 2 bilhões com IPO

Já em relação à Bolsa de Nova York (NYSE), a relação é estreita devido ao príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, cultivou com o presidente norte-americano, Donald Trump. Mesmo assim, a Saudi Aramco está considerando os riscos jurídicos nos EUA, caso os acionistas da empresa moverem processos ambientais, por exemplo.

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião