Bolsa de valores atinge valor histórico e chega a R$ 4 trilhões em julho

A B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) atingiu outro recorde histórico. A bolsa brasileira chegou a R$ 4 trilhões em valor de mercado acumulado no mês de julho. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18) pela “Economatica”.

Apesar do índice, a indústria de fundos continua apresentando um montante superior ao da B3. No último mês, o valor de fundos atingiu R$ 4,7 trilhões. Dessa forma, sendo 17,76% superior ao valor de mercado das empresas da bolsa de valores.

Conforme os dados divulgados pela Economatica, os investimentos em renda variável também chegaram ao valor recorde desde 2012, quando os dados começaram a ser coletados. Em junho, foi registrado um valor de R$ 357 bilhões em ativos de renda variável.

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O montante alocado pela indústria de fundos no segmento de renda variável representa 7,58% do patrimônio total.

O resultado divulgado nesta quinta-feira não é o primeiro de 2019 a indicar os bons resultados da B3. No dia 19 de junho, o Ibovespa fechou acima dos 100 mil pontos pela primeira vez na história.

Confira alguns dos fatores fundamentais para que esses recordes da bolsa de valores fossem atingidos:

Reforma da Previdência

O otimismo dos investidores em relação à reforma da Previdência continua visível através dos índices acionários.

Na última quarta-feira (10), a reforma foi aprovada no plenário da Câmara dos Deputados. A aprovação do texto contou com 379 votos favoráveis contra 131 votos contrários.

Saiba mais: Economia com reforma da Previdência ficará acima de R$ 933,5 bi, diz Marinho

Com a aprovação da Previdência no plenário, o texto agora passará por mais uma votação na Câmara e por duas votações no Senado. Era esperado que a segunda votação na Câmara ocorresse ainda na última semana.

No entanto, o segundo turno de votação do texto na Câmara acontecerá apenas no segundo semestre deste ano. Segundo Onyx Lorenzoni, ministro-chefe da Casa Civil, o segundo turno terá início no dia 6 de agosto às 16h.

Nesta quinta-feira o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, declarou que a economia total com a reforma deve atingir R$ 933,5 bilhões em dez anos.

FGTS

Com o intuito de aquecer a economia, o governo federal anunciou a liberação do saque de contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Na última quarta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro confirmou a liberação.

Saiba mais: Saque de contas do FGTS será anunciado na próxima semana, diz Onyx

“Está previsto para esta semana. É uma pequena injeção na economia e é bem-vindo, porque a economia, segundo especialistas, dá sinal de recuperação pelos sinais positivos, em especial porque tá vindo do Parlamento”, disse Bolsonaro.

No entanto, o anúncio que deveria ocorrer nesta semana foi adiado. O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, declarou que o saque de contas do fundo de garantia será anunciada na próxima semana.

Segundo Lorenzoni, a liberação do saque do PIS/Pasep também será anunciada junto com a liberação de saques de contas do fundo de garantia.

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Taxa de juros do Fed

O presidente do Fed de Nova York, John Williams, declarou que o banco central norte-americano deve cortar as taxas de juros quando a economia der sinais negativos novamente.

Saiba mais: Fed deve cortar taxas ao primeiro sinal de dificuldade econômica, diz Williams

“Quando você tem apenas estímulos à sua disposição, vale a pena agir rapidamente para reduzir as taxas ao primeiro sinal de dificuldade econômica”, declarou Williams.

Assim, a expectativa é de que aconteça um possível corte na taxa de juros. A redução já era prevista por economistas nas últimas semanas.

Na última terça-feira (16), o presidente do Federal Reserve de Dallas, Robert Kaplan, já havia apontado para uma redução nos juros. Conforme Kaplan, a redução nos juros de curto e longo prazo é o melhor argumento para afrouxar a política monetária.

Giovanna Oliveira

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