Balanços da semana

Boletim Focus prevê queda de 1,96% no PIB de 2020

Os especialistas do mercado financeiro, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, cortaram a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 novamente. Na divulgação desta segunda-feira (13), a estimativa é de uma recessão na economia brasileira, com uma queda de 1,96%. Na semana passada a previsão era de -1,18%.

Na primeira elaboração do Boletim Focus deste ano, os economistas previam um crescimento de 2,30% no PIB. Devido aos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), essa é a nona semana consecutiva em que a previsão da atividade econômica brasileira é reduzida. Para o ano que vem, os principais analistas do mercado financeiro estimam que a economia irá crescer 2,70%.

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Por sua vez, a previsão da taxa básica de juros da economia (Selic) para 2021 foi reduzida para 4,50%, na semana passada a previsão era de 4,75%. Para este ano, a Selic manteve-se em 3,25%. Há cerca de quatro semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar a taxa de juros mais uma vez, deixando-a em 3,75%, no menor patamar de sua série histórica.

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No entanto, há quase três  meses, a previsão dos economistas do Banco Central (BC) para a taxa Selic em 2020 era um pouco maior, de 4,50%

IPCA

A expectativa pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano, de acordo com a divulgação do BC, foi cortada pela quinta semana consecutiva. Segundo os especialistas ouvidos pela autoridade monetária central do Brasil, a inflação de 2020 será de 2,52%. Na última semana, a estimativa era de 2,72%.

Sendo assim, a inflação permanece abaixo da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2020, de 4%. A meta tem uma tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo ir de 2,5% até 5,5%.

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Em relação a 2021, os economistas ouvidos pelo BC esperam uma queda nos preços de 3,50%. Esse é o quarto corte consecutivo desta estimativa. Há quatro semanas, a previsão era de um crescimento de 3,75%.

O IPCA é o indicador oficial da inflação no Brasil, e é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mensalmente. Há ainda o IPCA-15, a prévia mensal do indicador.

Confira, em detalhes, as expectativas do mercado para 2020 e 2021, expressas no Boletim Focus.

2020

  • PIB: a projeção do crescimento da economia caiu para -1,96%.
  • IPCA: a projeção diminuiu de 2,72% para 2,52%. A meta central para 2020 será de 4%, com intervalo de tolerância entre 2,5% e 5,5%.
  • Taxa Selic: a previsão manteve-se em 3,25%.
  • Dólar: os investidores aumentaram a previsão para R$ 4,60.
  • Balança Comercial: a expectativa para o superávit subiu de US$ 34,10 bilhões para US$ 35,00 bilhões.
  • Investimento Estrangeiro Direto: os economistas indicaram que será de US$ 73,00 bilhões.
  • Déficit Primário do PIB: a previsão passou de -1,65% para -4,14%.
  • Resultado Nominal do PIB: a expectativa do déficit subiu de -6,09% para -9,02%.

2021

  • PIB: a projeção do crescimento da economia subiu de 2,50% para 2,70%.
  • IPCA: o mercado manteve a projeção para 3,50%.
  • Taxa Selic: a previsão caiu para 4,50%.
  • Dólar: os investidores aumentaram a previsão de R$ 4,40 para R$ 4,47.
  • Balança Comercial: a expectativa para o superávit manteve em US$ 35,00 bilhões.
  • Investimento Estrangeiro Direto: a previsão manteve em US$ 80 bilhões.
  • Déficit Primário do PIB: a previsão passou de -0,80% para -1,00%.
  • Resultado Nominal do PIB: a expectativa do déficit diminuiu de -5,00% para -4,95%.

O Boletim Focus é elaborado semanalmente pelo Banco Central na base das previsões dos analistas de mais de 100 instituições financeiras.

Poliana Santos

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