BofA reduz projeção para Selic para 1,75% ao fim do ano

O Bank of America (BofA) informou nessa terça-feira (11) que revisou e reduziu para 1,75% sua projeção para taxa básica de juros (Selic) ao final de 2020. A previsão anterior era que o juro básico terminasse o ano em 2,00%.

A revisão do BofA, vem após sua avaliação de que a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se posicionou mais inclinada a queda dos juros, quando comparada ao comunicado da última semana. Apesar disso, na ata, o BC apontou que a Selic está próxima a um limite.

“O Banco Central está preocupado com a inflação bem abaixo das metas e também com os riscos de uma recuperação da atividade mais lenta do que o esperado. Sobre a assimetria de riscos, o banco também esclareceu que (ela) vem do fiscal. Apesar desse risco, ainda se espera inflação abaixo da meta no horizonte relevante para a política monetária”, salientou o banco.

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Vale lembrar que a Selic está em 2% atualmente. Contudo, levando em conta a declaração do BC explicando que se houver mais cortes, eles podem ser espaçados, o BofA espera um novo corte na reunião que deve acontecer nos dias 27 e 28 de outubro, e não no encontro dos dias 15 e 16 de setembro.

Para a reunião do Copom marcada para os dias 15 e 16 do mês que vem, o banco prevê que a taxa de juros se mantenha estável.

O banco norte-americano acredita que a autoridade monetária brasileira deseja mais tempo para analisar os riscos fiscais. “Uma maior flexibilização além desse nível (de 1,75%) vai depender do debate sobre o teto de gastos, que já está esquentando”, apontou a instituição.

Copom corta Selic em 0,25 p.p.

O Copom do (BC) decidiu em unanimidade, após sua 232ª reunião da última quarta-feira (5), cortar a taxa básica de juros em 0,25%. Com o novo corte, a taxa caiu para 2% ao ano, uma nova mínima histórica.

“No cenário externo, a pandemia da Covid-19 continua provocando a maior retração econômica global desde a Grande Depressão. Nesse contexto, apesar de alguns sinais promissores de retomada da atividade nas principais economias e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador”, explicou o Banco Central sobre o corte na Selic.

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Laura Moutinho

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