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Boeing vende aviões 737 MAX por primeira vez desde novembro

A Boeing (NYSE: BA) anunciou nesta quarta-feira (19) que vendeu aviões 737 Max, alo que não ocorria desde novembro do ano passado. Os pedidos foram realizados por uma companhia aérea polonesa, que comprou dois aviões, com opções de compra de mais dois no futuro.

Além da empresa europeia, a Boeing recebeu pedidos da Enter Air, com quem chegou a um acordo sobre o encalhe do 737 Max, que está fora de serviço em todo o mundo desde março de 2019, depois que dois acidentes mataram 346 pessoas. As empresas não divulgaram os termos do acordo, mas disseram que incluiria o adiamento das entregas.

“Estamos muito satisfeitos com o compromisso da Enter Air com a família Boeing 737”, disse Ihssane Mounir, vice-presidente sênior de vendas comerciais e marketing da Boeing, em um comunicado à imprensa.

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Entretanto, os pedidos da Enter Air para a aeronave Max não foram capazes de reduzir muito os problemas da Boeing neste ano. Os cancelamentos de aeronaves dos clientes ultrapassaram as novas vendas nos últimos seis meses, à medida que as companhias aéreas lutam com o prolongamento do encalhe dos aviões Max e com a pandemia de coronavírus (covid-19) devastando a demanda por viagens aéreas.

A Boeing e a sua rival, Airbus, estão lutando para sobreviver uma temporada decepcionante para o setor de viagem aérea. Casos crescentes de Covid-19 e novas restrições de viagens impediram grande parte da recuperação, especialmente nos EUA, mesmo com as companhias aéreas reduzindo as tarifas e implementando medidas de segurança mais avançadas.

Boeing registrou mais cancelamentos que vendas em 2020

A empresa indicou que, no mês de julho, seus clientes cancelaram os planos de comprar 43 unidades dos problemáticos aviões 737 Max do fabricante. Segundo um comunicado interno, trata-se do sexto mês consecutivo de cancelamento de pedidos para a Boeing.

A Boeing disse no mês passado que cortaria as metas de produção de algumas de suas aeronaves, incluindo o 737 Max e o 787 Dreamliner, já que a pandemia do coronavírus continua prejudicando a demanda por novos aviões.

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Daniel Guimarães

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