Boeing registra mais cancelamentos que vendas em 2020

A Boeing (NYSE: BA) indicou que, no mês de julho, seus clientes cancelaram os planos de comprar 43 unidades dos problemáticos aviões 737 Max do fabricante. Segundo um comunicado da empresa nesta terça-feira (11), trata-se do sexto mês consecutivo de cancelamento de pedidos para a Boeing.

Depois que a Boeing divulgou os dados mensais, as ações da fabricante diminuíram o movimento de alta, porém o otimismo presente nos mercados globais neste pregão possibilitou que ainda subissem quase 4%.

A Boeing disse no mês passado que cortaria as metas de produção de algumas de suas aeronaves, incluindo o 737 Max e o 787 Dreamliner, já que a pandemia do coronavírus (covid-19) continua prejudicando a demanda por novos aviões.

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Até julho deste ano, a Boeing registrou pedidos negativos líquidos de 836 aviões, incluindo aeronaves que a empresa tirou de seu catálogo de pedidos que aguardam confirmação. A Boeing rotineiramente remove os pedidos de sua contagem quando os clientes estão financeiramente limitados, entre outros motivos. Os ajustes de julho reduziram a carteira de pedidos da fabricante de aviões com sede em Chicago para 4.496 pedidos.

A maioria dos cancelamentos do 737 Max foi de empresas de leasing de aeronaves. A empresa entregou quatro aviões em julho, incluindo:

  • um 767;
  • um 777;
  • bem como dois 787 Dreamliners;

Receita cai 25% e Boeing registra prejuízo de US$ 2,4 bi no 2T20

A Boeing (NYSE: BA) registrou, nesta quarta-feira (29), um prejuízo líquido de US$ 2,4 bilhões (cerca de R$ 12,37 bilhões) referente ao segundo trimestre deste ano. A baixa é resultado de uma receita 25% menor na comparação anualizada, de US$ 11,8 bilhões (cerca de R$ 60,81 bilhões).

Devido as restrições impostas aos voos comerciais em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Boeing sentiu o impacto da queda nas entregas de aeronaves.

Veja também: Boeing volta a registrar mais cancelamentos de pedidos do 737 Max

O CEO da empresa, Dave Calhoun, disse que a fabricante reduzirá sua carga horária de produção de aviões e deixará, aos poucos, de fabricar o modelo 747, o modelo mais antigo ainda em operação, chamado de “Jumbo Jet“. O executivo também salientou que a empresa tem de “avaliar ainda mais o tamanho” de sua força de trabalho.

Daniel Guimarães

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