Boeing reduz as expectativas de demanda global por voos comerciais em 11%

A fabricante de aeronaves dos EUA, Boeing (NYSE: BA), informou nesta terça-feira (6) ter reduzido suas expectativas para a demanda global por voos comerciais nos próximos dez anos em 11%, representando uma perda estimada de receita de US$ 200 bilhões para a indústria, à medida que as companhias aéreas reduzem suas frotas.

A Boeing expressou pessimismo ao falar sobre a recuperação do setor de aviação em sua perspectiva anual para a demanda de voos comerciais nas próximas duas décadas. A nova previsão leva o valor da demanda de 10 anos de US$ 3,1 trilhões para US$ 2,9 trilhões a preços de lista, para 18.350 jatos.

Em particular, a Boeing reduziu significativamente as expectativas para aeronaves de corredor duplo usadas em viagens de longa distância.

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“Vemos que leva cinco anos ou mais para recuperar a tendência de longo prazo”, disse Darren Hulst, vice-presidente de marketing comercial da Boeing. “A demanda de corpo largo está tendo o maior impacto.”

Hulst ainda declarou que o setor “em 10 a 20 anos retornará à tendência de crescimento de longo prazo de 4,5% ao ano.”

Conselho da Boeing é acusado de omissão na crise do 737 MAX, diz jornal

O conselho da Boeing é acusado de não supervisionar de maneira adequada a resposta da administração da companhia no que concerne aos dois acidentes envolvendo o 737 MAX e os problemas de segurança do modelo. As informações são do jornal “The Wall Street Journal”.

O processo, movido por acionistas citando documentos internos da companhia,foi protocolado no início deste mês e alega que o então CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, enganou o que os reclamantes classificaram como um conselho “amplamente passivo”. Os diretores ainda estariam supostamente preocupados com notícias negativas, deixando de pressionar a administração obre problemas específicos de engenharia do 737 MAX.

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Um porta-voz da fabricante aeroespacial norte-americano afirmou que a ação carece de mérito e a companhia irá buscar arquivá-lo até o final deste ano. O representante da empresa ainda acrescentou que, antes dos dois acidentes, a Boeing apresentava protocolos em vigor que exigiam relatórios de nível de diretoria sobre o 737 MAX e outros tópicos de design, desenvolvimento e segurança, enquanto o processo alega que o conselho se omitia repetidamente.

“Como se poderia esperar de uma ação por parte dos reclamantes em um processo como este, a alegação apresenta uma imagem unilateral e enganosa das atividades da Boeing e de seu conselho durante este período de tempo”, destacou o porta-voz.

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Rafaela La Regina

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