Boeing perde encomenda de 50 unidades do modelo 737 Max

A Flyadeal, companhia aérea da Arábia Saudita, anunciou que não irá mais comprar 50 Boeing 737 Max. A empresa árabe preferiu comprar 50 aviões A320neo da Airbus, concorrente direto da gigante norte-americana.

O cancelamento por parte da Flyadeal é o primeiro sinal concreto da crise em torno do Boeing 737 Max. O avião se tornou o alvo de investigações e teve suas operações suspensas após a ocorrência de dois acidentes em menos de cinco meses. Essa situação poderia se tornar uma virada negativa nos negócios para a Boeing, e favorecer a rival europeia.

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Em dezembro, a Flyadeal, subsidiária de baixo custo da Saudia Airlines, tinha assinado um acordo com a Boeing por um valor estimado em mais de US$ 5,9 bilhões. O documento foi assinado semanas após o acidente fatal com o voo da Lion Air, da Indonésia. O desastre provocou a morte de 189 pessoas.

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Agora, a compra de 50 aviões da Airbus serpa feita na base no preço lista da empresa europeia, que não inclui os tradicionais descontos oferecidos pela indústria.

Entregas do Boeing 737 Max congeladas

As entregas do Boeing 737 Max estão congeladas desde meados de março. O congelamento ocorreu após o segundo desastre aéreo, com a queda de um voo da Ethiopian Airlines. O primeiro acidente ocorreu com um voo da companhia aérea Lion Air, da Indonésia, em outubro de 2018.

As semelhanças entre os dois acidentes despertaram preocupações sobre segurança. Por isso, a Boeing terá que submeter um novo sistema de controle de voo da aeronave para aprovação da pela Federal Aviation Administration (FAA), agência federal de aviação dos Estados Unidos. A empresa deverá realizar um voo teste que dá a certificação de que o software do avião foi atualizado e que houve treinamento de seus pilotos

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No começo de junho a American Airlines informou que foi prolongado até 3 de setembro o cancelamento de voos de seus aviões da Boeing 737 MAX. A companhia aérea opera uma média de 115 voos diários em suas aeronaves de modelo Boeing 737 MAX.

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No final de maio, o diretor executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, afirmou que houve “erros” na implementação do alerta sobre problemas no sistema de estabilização do 737 Max.

Carlo Cauti

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