Boeing diz ao fornecedor para reduzir suas entregas

A empresa de aviação norte-americana, Boeing (NYSE: BA), reduziu o seu pedido de peças do 737 Max ao fornecedor. A informação foi divulgada nesta terça-feira (23) pelo jornal “Financial Times”.

A Spirit AeroSystems, a fabricante da fuselagem do problemático 737 Max, informou que a Boeing instruiu em uma carta de 19 de junho que, para 2020, a empresa deve fabricar 72 das peças utilizadas na produção dos aviões, em vez de 125.

O preço das ações da fornecedora da Boeing, caiu 14% na terça-feira depois da divulgação da notícia.

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A Boeing já havia reduzido seu pedido com a Spirit duas vezes este ano. Em fevereiro, a empresa de Chicago disse que queria 216 corpos de jatos. No mês passado, reduziu a meta para 125.

“A Boeing indica na carta de 19 de junho que a redução se deve ao impacto do coronavírus (covid-19) e ao estoque acumulado dos produtos da Spirit [Boeing 737]”, disse a empresa em um documento regulatório.

Segundo a Spirit, o corte na produção pode forçar a fornecedora a violar os termos de seu contrato de empréstimo no quarto trimestre. A empresa está atualmente negociando com os credores para alterar os termos do contrato, visando evitar a inadimplência de sua dívida, que totalizava US$ 3,1 bilhões (cerca de R$ 16 bilhões) no final do primeiro trimestre.

Boeing cortou mais de 12 mil funcionários nos Estados Unidos

A Boeing informou em maio que irá cortar 6.770 funcionários nos Estados Unidos, além de outras “milhares de demissões restantes” planejadas para os próximos meses, segundo o presidente executivo, Dave Calhoun.

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A companhia se movimenta para reduzir custos e enfrentar a queda na demanda por aeronaves durante a crise. O plano representa a maior reestruturação da Boeing que procura suportar os fortes impactos da pandemia do novo coronavírus.

Daniel Guimarães

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