Blackstone reporta prejuízo de US$ 1,07 bilhão no 1T20

Segundo o presidente da Blackstone (NYSE: BX), Jonathan Gray, os resultados do primeiro semestre de 2020 foram consequência dos impactos da pandemia do novo coronavírus.

A companhia de private equity registrou um prejuízo líquido de US$ 1,07 bilhão (R$ 5,885 bilhões) no primeiro semestre de 2020. No mesmo período do ano anterior, a Blackstone reportou um lucro líquido de US$ 481,3. De acordo com o executivo, a recuperação econômica deve levar algum tempo para ganhar força.

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Diante da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, a empresa foi forçada a remarcar o valor de sua carteira de investimentos. Os papéis sob administração apresentaram forte queda na comparação com o trimestre anterior, pela terceira vez na história desde a crise financeira de 2008.

A Blackstone aproveitou, no entanto, para realizar investimentos em ações, assim como dívidas públicas. Não obstante, a companhia adiou acordos maiores em razão de ver uma recuperação econômica gradual.

“Certamente não teremos uma recuperação em ‘V’. Ainda estamos discutindo sobre qual é a forma”, declarou Gray, em entrevista ao The Wall Street Journal. “Acho que é uma recuperação prolongada. É por isso que não estamos correndo para investir”.

Blackstone reporta resultados das carteiras no 1T20

A Blackstone reportou queda de 21,6% do valor do portfólio de private equity, nos primeiros três meses deste ano. O resultado foi principalmente impulsionado pelo impacto do tombo no preço do petróleo em suas participações no setor de energia. O valor da carteira de private equity, excluindo ativos de energia, registrou baixa de 11,1%.

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Por outro lado, os negócios da Blackstone no setor imobiliário apresentaram resultados melhores. Os valores das duas principais carteiras da empresa caíram 8,8% e 3,9% no período. De acordo com a companhia, os números refletem a exposição relativamente baixa a hotéis e imóveis de varejo. Da mesma forma, as participações em armazéns de comércio eletrônico, que compõem mais de um terço do portfólio, também ajudaram a empresa.

Segundo a companhia, os ativos sob gestão chegaram a US$ 538,01 bilhões, uma queda de 5,8%, em comparação com o trimestre anterior. A empresa projeta uma meta de atingir US$ 1 trilhão até o ano de 2026.

No entanto, os lucros distribuíveis da Blackstone, que correspondem ao valor em caixa para ser devolvido aos acionistas, registraram alta. O valor subiu 4%, no comparação com o mesmo período de 2019, para a marca de US$ 557,1 milhões.

Arthur Guimarães

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