BlackRock tem queda de quase US$ 1 trilhão nos ativos sob gestão

A BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, apresentou, nesta quinta-feira (16), uma queda de quase US$ 1 trilhão (R$ 5,25 trilhões) nos ativos sob sua gestão. No fim dos três primeiros meses deste ano, a gestora possuía US$ 6,47 trilhões sob gestão, enquanto no mesmo período de 2019 detinha US$ 7,43 trilhões.

Além disso, a BlackRock teve uma queda de 23% no lucro trimestral, com os investidores demonstrando sua preferência por serviços de gestão de caixa, ao passo que os custos aumentaram. O lucro líquido foi de US$ 806 milhões, ou US$ 5,15 por ação, frente a US$ 1,05 bilhão, ou US$ 6,61 por ação, em 2019.

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As despesas operacionais do grupo subiram 43%, para US$ 3,03 bilhões. Segundo a BlackRock , o movimento dos investidores sacando seus recursos dos fundos em meio à crise da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi grande.

O grupo comercializa fundos mútuos, fundos de aposentadorias, fundos de ações, entre outros produtos. A carteira de ativos da gestora está dividida, aproximadamente, da seguinte maneira por continentes:

  • Américas (63%)
  • Europa (29%)
  • Ásia-Pacífico (8%)

As consequências econômicas do vírus impactaram fortemente os mercados acionários de todo o mundo. O S&P 500 apresentou um tombo de 20% no intervalo.

Entretanto, segundo o presidente-executivo da BlackRock, Larry Fink, os Exchange-Traded Funds (ETFs), fundos de ações negociados na bolsa, tiveram um recorde de entradas líquidas de US$ 10 bilhões no mês de março na comparação anualizada.

BlackRock prevê mudanças na economia global

Fink, em uma carta aos acionistas da empresa no final de março, indicou os efeitos econômicos e as mudanças no mundo e na economia global que podem ser causados pela crise do coronavírus.

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“Em 44 anos no mundo das finanças, nunca vivi uma experiência parecida”, disse o executivo. “A pandemia tem impactado os mercados financeiros com uma rapidez e ferocidade normalmente vistas apenas em uma crise financeira clássica”.

“Acredito que o pensamento de longo prazo nunca foi tão essencial como hoje. Companhias e investidores com um forte senso de propósito e uma abordagem de longo prazo estarão aptos a navegar por esta crise e suas consequências”, afirmou Flink.

O CEO da BlackRock acrescentou que acredita na mudança de pensamento dos investidores. “Para alguns clientes, a recente onda de vendas criou uma oportunidade de rebalancear em ações”. Fink completou dizendo que “de fato, muitos de nossos clientes – mesmo aqueles com pesada alocação em renda fixa devido aos perfis de risco – estão olhando para aumentar a alocação em ações neste mercado”.

Jader Lazarini

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