Bitcoin “não vai adiante”, diz ex-presidente do Banco Central

O ex-presidente do Banco Central (BC), Arminio Fraga, afirmou nesta quarta (16), que as moedas virtuais, como o bitcoin, não devem causar grandes impactos na política monetária, afirmando que o estoque de moedas perdeu sua importância para os bancos centrais, que operam mais em cima das taxas de juros, devido ao mundo já ser digital.

“Acho que não vai mudar muito, não. A política monetária tem seus limites. Hoje os bancos centrais viraram ‘resolvedores’ de todos os problemas. Na verdade não são, mas, de fato, têm muito poder, e esse poder seguirá sendo exercido com seus grandes benefícios e também com riscos”, afirmou Fraga ao falar do Bitcoin e de outras moedas digitais.

O ex-presidente do BC declarou que considera as criptomoedas como um fenômeno apenas apoiado por “hiperliberais” que não acreditam em nenhum tipo de supervisão vinda do governo.”Os bancos centrais precisam fazer o seu trabalho mais ou menos como sempre, adaptados à tecnologia atual. A moeda digital já chegou”, finalizou.

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Fraga ainda completou que as moedas digitais podem funcionar para a realização de transferências, entretanto “não são estáveis, nem baratas e não têm valor de compra”.

Bitcoin Banco: PF passará a investigar empresa do ‘rei do Bitcoin”

A Justiça do Paraná determinou que a Polícia Federal (PF) deverá investigar o Grupo Bitcoin Banco por crimes contra o sistema financeiro nacional. A companhia fraudulenta foi fundada por Claudio Oliveira, um suposto empresário, que é conhecido por seu apelido de “rei do bitcoin”. As informações são do portal “LiveCoins” e foram publicadas no dia 4 de agosto deste ano.

A responsável por atender a solicitação foi a juíza Camile Santos de Souza Siqueira, da 3ª Vara Criminal de Curitiba. O Ministério Público e o Nuciber (Núcleo de Combate aos Cibercrimes), da Polícia Civil do Paraná, já haviam requerido que a empresa fosse investigada pela PF. Os dois órgãos citados anteriormente estão investigando a Bitcoin Banco desde 2019. Os órgãos entenderam que o Bitcoin Banco cometeu crimes contra o sistema financeiro nacional, que competem à Justiça Federal.

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A empresa e seus sócios podem ser julgados por organização criminosa, lavagem de dinheiro e pirâmide financeira. “Por qualquer ângulo que se examine, conclui-se que está caracterizada a prática de crime contra a sistema financeiro nacional”, afirmou Camile Santos.

A juíza citou que o Grupo Bitcoin Banco fez vítimas no Brasil inteiro, mesmo tendo sede em Curitiba.“Nesse norte, conquanto muitas dessas empresas tenham sede em Curitiba, os fatos não se restringem ao estado do Paraná, visto que muitas das vítimas estão espalhadas por todo o território nacional, bem como as empresas investigadas receberam depósitos dos investidores em contas bancárias vinculadas a agências situadas nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo”, salientou a magistrada na decisão.

Com informações do Estadão Conteúdo

Rafaela La Regina

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