BCE indica que zona do euro pode receber mais estímulos em 2020

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou nesta quinta-feira (20) o vídeo da reunião realizada pelos diretores em julho. A autoridade monetária europeia indicou que poderia implementar mais medidas expansionistas para ativar uma economia que sofre com desemprego e possíveis falências.

A ata da reunião do BCE também mostrou certo alívio por parte dos diretores pelo fato da zona do euro ter sido capaz de evitar uma desaceleração ainda mais profunda. Entretanto, os diretores alertaram sobre uma possível turbulência econômica, à medida que os governos comecem a reduzir as políticas destinadas a apoiar empresas e trabalhadores durante a pandemia do coronavírus (covid-19).

Atualmente, as infecções estão surgindo novamente em grande parte da Europa, e os governos estão correndo para evitar uma segunda onda de pandemia.

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As autoridades se reunirão para determinar a política econômica do BCE nos dias 9 e 10 de setembro, quando terão novas previsões para o crescimento da zona do euro e a inflação que podem ajudar a orientar suas decisões políticas. Analistas disseram que é improvável que o BCE revele um novo estímulo monetário em setembro, mas pode fazê-lo ainda este ano se a economia não se recuperar.

Vale ressaltar que o mercado tem altas expectativas em relação ao Programa de Compra de Emergência Pandêmica (PEPP), de 1,35 trilhão, implementada pelo BCE.

O economista-chefe do BCE, Philip Lane, afirmou, no início do mês, que a instituição financeira está comprometida em sustentar a economia da zona do euro por causa da pandemia do novo coronavírus, que atingiu todos os países do bloco. Lane disse que o BCE utilizará as compras de títulos para conseguir recursos.

Veja também: BCE se compromete a dar estímulos para sustentar economia da zona do euro

A ata indicou que os funcionários do BCE concordaram em aumentar o tamanho do programa e ajustar outras ferramentas da política econômica, se for necessário. Eles alertaram para o risco de um aumento duradouro na taxa de desemprego na Europa e de falências corporativas, à medida que os pacotes de auxílio do governo forem retirados.

Daniel Guimarães

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