BCE prevê forte recessão na Zona do Euro em 2020; economia deve cair 8,7%

O Banco Central Europeu (BCE) prevê que a Zona do Euro terá uma recessão econômica forte em 2020. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a instituição estima uma queda de 8,7% na economia do bloco neste ano. As informações são da agência “Reuters” e foram divulgadas nesta quinta-feira (4).

A instituição, entretanto, informou que em 2021 esse prejuízo começará a ser recuperado. Vale destacar que a principal causa desta recessão é a pandemia de coronavírus (Covid-19), que afetou profundamente a economia de diversos países.

Lagarde informou que a economia da Zona do Euro pode crescer 5,2% em 2021 e 3,3% em 2022. O BCE ainda publicará mais duas previsões sobre a economia, segundo Lagarde.

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A presidente do BCE afirmou que o tamanho da contração e, consequentemente, da recuperação será resultado “da duração e da eficácia das medidas de contenção, do sucesso das políticas para mitigar o impacto adverso sobre a renda e o emprego, e de até que ponto a capacidade de oferta e a demanda doméstica serão permanentemente afetadas”.

O BCE também revisou as projeções para a inflação. Após a queda nos preços do petróleo, e considerando o impacto das quarentenas pelo coronavírus, a instituição prevê um avanço de 0,3% nos preços ao consumidor em 2020. A previsão realizada anteriormente era de 1,1%. A meta anterior para este ano era de quase 2%.

BCE e afrouxamento da política monetária

O Banco Central Europeu, em ata da reunião de abril, afirmou que está “totalmente preparado” para afrouxar a política monetária novamente a partir deste mês. O objetivo é dar mais estímulo à economia, que está sentindo o impacto nas atividades devido à pandemia de coronavírus.

O BCE divulgou, recentemente, diversas medidas que serão tomadas para diminuir a recessão econômica decorrente dos efeitos da pandemia de coronavírus. Entre elas está a compra de 1,1 trilhão de euros em títulos e empréstimos a taxas profundamente negativas. As autoridades de política monetária, entretanto, estão com receio e estimam que isso não será o suficiente.

Juliano Passaro

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