Medidas adotadas pelo BCE foram necessárias para combater risco de deflação, diz Visco

O formulador de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Banco Central da Itália, Ignazio Visco, informou que as medidas adotadas pela instituição foram necessárias para combater o risco de uma deflação na zona do euro.

“Devemos combater o risco significativo de que a desaceleração econômica e o baixo nível de inflação se traduzam em uma redução permanente nas expectativas de inflação ou no ressurgimento da ameaça de deflação”, disse Visco, durante uma conferência no último sábado (27), sobre o BCE.

BCE anunciou novo pacote de estímulos à economia

Como era aguardado, as taxas de juros foram cortadas pelo Banco Central Europeu e foi aprovada uma nova rodada de compras de títulos para estimular o crescimento da zona do euro. O intuito também era conter as preocupantes expectativas de inflação. O BCE procura manter a taxa de inflação na zona do euro próxima de 2% através da política monetária. Em 2018, foi apontada uma inflação de 1,6%.

O BCE reduziu sua taxa de depósito de -0,40% para -0,50%, um recorde na série histórica. Também voltará às compras de títulos a um ritmo de 20 bilhões de euros por mês a partir de novembro, retomando seu programa de relaxamento quantitativo (QE, pela sigla em inglês), conforme o relatório divulgado desta quinta.

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O relatório divulgado ressalta que o novo QE permanecerá em vigor pelo “pelo tempo que for necessário para reforçar o impacto acomodatício das suas taxas de política” e acabará pouco tempo antes de o Banco Central Europeu “começar a elevar as taxas de juros”.

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A autoridade monetária também anunciou uma facilitação nos termos de seus empréstimos de longo prazo para bancos da zona do euro (TLTROs, pela sigla em inglês).

Seguindo os tratados europeus estabelecidos, o BCE possui como principal a luta pela manutenção do poder de compra do euro. Em outras palavras, manter a inflação da zona do euro sobre controle. A instituição cumpre essa função através de sua política monetária.

Poliana Santos

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