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BC deve reduzir taxa Selic se reforma for aprovada, diz Mário Mesquita

O Banco Central (BC) deve reduzir a taxa básica de juros, a Selic, a partir de setembro deste ano, caso a reforma da Previdência seja aprovada, segundo o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, no Macronomia, nesta terça-feira (27).

No início deste mês, o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) decidiu manter a taxa Selic a 6,5%, sendo a nona decisão consecutiva para manter os juros básicos no mesmo patamar.

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No entanto, a projeção de redução da taxa básica de juros só deve ser confirmada se a reforma da Previdência for aprovada. O economista-chefe do Itaú afirma que é esperada uma “aprovação de uma reforma da Previdência que fique entre 50% e 75% do que foi originalmente proposto”, e que aprovação será no segundo semestre deste ano.

Dessa forma, com a reforma, considerando o “comportamento da inflação e a perspectiva da inflação, que é o mais importante, o Banco Central terá condições de reduzir a taxa básica [de juros, Selic] de novo, fazer isso a partir de setembro”, afirma o economista.

Saiba mais: Itaú Unibanco reduz PIB do Brasil a 1,3% e taxa Selic a 5,75%, para 2019

Projeção para a inflação

Além disso, Mesquita afirmou que a inflação deve ficar em 3,6%. A projeção foi confirmada pela especialista em inflação do Itaú, Júlia Passabom, que afirmou que “o cenário de inflação nas projeções indicam 3,6% tanto neste ano [2019] quanto no próximo [2020]”.

A meta de inflação fixada para pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, é de 4,25%. A meta tem uma tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo ir de 2,75% até 5,75%.

Última projeção da Selic pelo Itaú

No último mês, o Itaú á havia divulgado um estudo em que previa a redução da taxa básica de juros para 2019 e 2020. A última reunião do Copom manteve a taxa Selic em 6,5% para este ano. No entanto, o estudo do banco divulgado em abril apontava um juros de 5,7% em 2019 e 5,5% em 2020.

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Renan Bandeira

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