BC registra perda de R$ 3,692 bilhões com operações de swap em abril

O Banco Central (BC) informou nesta quarta-feira (22) que registrou perda de R$ 3,692 bilhões em operações de swap cambiais no mês de abril, até o dia 17.

Segundo a autoridade monetária, no acumulado desde o início do ano foi registrada uma perda de R$ 50,171 bilhões. No ano de 2019, a conta do BC anotou uma variação negativa de R$ 7,640 bilhões.

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Além disso, o montante medido em reais das reservas internacionais, resultantes da variação de câmbio, avançou R$ 23,156 bilhões no período desde o início do mês de abril até o dia 17. Enquanto, no acumulado deste ano, o valor teve oscilação positiva de R$ 456,457 bilhões.

As operações de swap cambiais realizadas pela autoridade monetária não tem como objetivo os lucros. A partir delas, o BC oferece proteção contra fortes oscilações no câmbio, em momentos de grande volatilidade do mercado. Dessa forma, a autarquia federal sai em prejuízo quanto a moeda americana avança frente ao real, enquanto ganha quando a moeda nacional sobe ante o dólar.

O BC realizou nesta quarta-feira leilões de swap tradicional de até 10 mil contratos para controlar a alta na volatilidade do câmbio. Os papéis terão vencimento para setembro deste ano e janeiro de 2021.

Apesar das operações, o dólar encerrou as negociações em alta de 1,887%, cotado a R$ 5,4094 na venda. Dessa forma, a moeda americana bateu um novo recorde nominal de cotação.

BC pode cortar mais uma vez a Selic, sinaliza Campos Neto

O BC poderia cortar mais uma vez a taxa básica de juros (Selic) neste ano. Em uma live realizada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, o presidente da autoridade monetária central, Roberto Campos Neto, salientou que, se necessário, tomará novas medidas para melhorar a oferta de crédito no País.

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Campos Neto salientou como o BC está monitorando os volumes e preços do crédito. Segundo o economista, a autarquia tomará novas medidas para aumentar a oferta, caso isso se torne necessário se ainda “houver medo dos bancos para emprestar”.

“Nós entendemos que o Brasil liberou liquidez cedo e em mais quantidade e isso deve começar a fluir. Isso não significa que o preço do crédito será como antes. Haverá um prêmio de risco”, ressaltou o presidente do BC.

Arthur Guimarães

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