BC: uso de instrumentos cambiais ajudou mercados, diz diretor

O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra Fernandes, destacou nesta quinta-feira (28) que o uso de todos os instrumentos cambiais à disposição contribuiu para a melhora dos mercados.

O economista participou do fórum da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em apresentação realizada por Serra Fernandes. Para o diretor do BC , a “utilização de todo o arcabouço de instrumentos disponíveis foi positiva para o funcionamento dos mercados”.

A Fernandes apresentou, em documento divulgado pela autoridade monetária, um gráfico que revela que o cupom cambial, uma remuneração em dólares dos reais investidos no Brasil, está em nível menor patamar desde desde a crise financeira de 2008.

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O economista ainda declarou que “oferta de funding externo para a economia brasileira [está] voltando a se normalizar”. O diretor do BC citou como exemplo a queda das operações compromissadas em dólar durante o último mês.

Reservas internacionais estão acima dos 20% do PIB, diz BC

O nível atual das reservas internacionais está acima dos 20% do Produto Interno Bruto (PIB), ressaltou Fernandez. Essa é a “principal razão para o sistema operar” no mercado aberto com este nível de liquidez.

No mesmo sentido, o diretor afirmou que a “compra e venda de títulos públicos, via compromissadas ou definitivas, com o objetivo de política monetária, sempre estiveram no arcabouço de competência” da autoridade monetária, em conformidade com a Lei 4.595/1964.

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Os depósitos voluntários remunerados também são parte do projeto de lei de autonomia do BC, afirmou. E, “no futuro, servirão como importante instrumento auxiliar na condução da política monetária”, acrescentou Fernandes.

O economista ainda salientou que os fundos de investimento com alocação em crédito privado sofreram forte impacto desde o início da crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

Além disso, o diretor do BC comunicou que as operações repactuadas de crédito entre 13 de março e 15 de maio chegaram a 15% de toda a carteira do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Arthur Guimarães

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