BC anuncia venda de US$ 7,5 bilhões das reservas em dezembro

Após leiloar US$ 34,4 bilhões das reservas do Brasil, o Banco Central (BC) anunciou novos leilões. A divulgação foi feita após o fechamento dos mercados na última quinta-feira (28).

Sem influenciar no câmbio, os leilões não tem relação com as intervenções que o BC tem feito nesta semana para segurar a dispara do dólar.

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A venda direta da moeda norte-americana oriunda das reservas do País representa um novo modelo de intervenção cambial que reflete na política fiscal, reduzindo os juros da dívida pública e ajudando a conter o endividamento governamental em momentos de dólar alto.

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Os valores serão utilizados para rolar (renovar) contratos de swap cambial tradicional (venda de dólares no mercado futuro) que vencem em fevereiro.

Um dos principais instrumentos do Brasil contra choques externos na economia, as reservas internacionais estão atualmente em US$ 370,1 bilhões. Ao final de agosto, quando o governo adotou esse novo modelo, as reservas estavam em US$ 388 bilhões.

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Investidores comuns não podem solicitar a compra de dólares das reservas internacionais. Esse tipo de operação está restrito aos dealers, bancos de grande porte e corretoras autorizados pelo Banco Central para atender à demanda de dólares por grandes companhias e outras instituições financeiras.

BC altera estratégia de swaps cambiais

Até o fim de agosto, em períodos de alta do dólar, a autoridade monetária leiloava contratos de swap cambial tradicional, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro. Realizadas em reais, essas operações não impactam nas reservas internacionais, mas podem influenciar na posição cambial do BC e aumentam os juros da dívida pública.

Em meio às intervenções do BC, o dólar encerrou a última quarta-feira (28) com uma queda de 1%, sendo negociado a R$ 4,2160. Nos três dias anteriores, a moeda norte-americana havia encerrado com máximas históricas.

Jader Lazarini

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