Bayer fecha acordo de US$ 10,9 bi para encerrar processos nos EUA

A empresa química e farmacêutica Alemã, Bayer informou nessa quarta-feira (24) que depois de, aproximadamente, um ano de negociações, fez um acordo de até US$ 10,9 bilhões (cerca de R$ 55 bilhões) para finalizar processos nos Estados Unidos sobre contestações de que o herbicida Roundup causaria câncer.

O presidente-executivo da companhia, Werner Baumann, salientou que “o acordo sobre o Roundup é a ação correta no momento certo para a Bayer, colocando ponto final em um longo período de incerteza”.

No comunicado, a companhia destacou que combinou as condições do acordo, com aproximadamente 75% das pessoas que estavam reclamando sobre o produto. Essa porcentagem representa 125 mil alegações que já foram registradas ou processos que ainda não começaram.

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Frente a isso, 95% dos casos que já iriam para julgamento fecharam o acordo. Além disso, a farmacêutica pagará entre US$ 8,8 bilhões (cerca de R$ 44 bilhões) e US$ 9,6 bilhões (cerca de R$ 48 bilhões) para finalizar as pendências em relação ao herbicida, e cerca de US$ 1,25 bilhão (cerca de R$ 6,25 bilhões) para fazer um outro acordo relacionado a possíveis processos que podem surgir.

Vale destacar que o herbicida é feito a base de glicofosfato, que é o agrotóxico mais vendido no mundo, inclusive no Brasil

Bayer e Monsanto são investigadas pelo Cade por anticompetitividade

A Bayer, a Monsanto Company e a Monsanto Brasil estão sendo investigadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por supostas condutas anticompetitivas. As informações foram divulgadas pela Superintendência-Geral da autarquia no último dia 12 de março.

O caso foi iniciado após denúncias sobre o processo de aquisição da Monsanto Company pela Bayer Aktiengesellschaft. Em fevereiro de 2018, o Cade aprovou a operação sem restrições.

Saiba mais: Bayer e Monsanto são investigadas pelo Cade por anticompetitividade

O Cade instaurou o processo administrativo para analisar três procederes da Bayer e das outras companhias. O primeiro é a criação de normas específicas no âmbito do Programa Monsoy Multiplica (PMM) pelo Grupo Monsanto, que atua no melhoramento genético de sementes de soja.

Laura Moutinho

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