Bancos Itaú, Santander e Bradesco pagarão R$ 36,8 bi aos acionistas

Os três maiores bancos privados do Brasil distribuirão R$ 36,8 bilhões aos seus acionistas neste ano. O valor corresponde a 61,7% do lucro líquido ajustado que Itaú Unibanco, Bradesco e Santander alcançaram juntos em 2018, de R$ 59,7 bilhões

Segundo o “Valor Econômico” a distribuição aos acionistas, pelos bancos, ocorrerá por meio de:

O total de distribuição obteve aumento graças ao novo recorde de remuneração dos acionistas do Itaú Unibanco.

Equivalente a 89,25% lucro líquido do ano passado, o novo recorde atingiu R$ 22,9 bilhões.

Em 2018, o banco tinha retornado aos acionistas cerca de 83% de seu resultado. Até o período, esse foi o melhor nível atingido.

Paralelamente, os outros dois grandes bancos realizaram as seguintes distribuições:

  • Bradesco: pagou R$ 7,3 bilhões relativos aos números de 2018, correspondente a 34,2% do resultado.
  • Santander: pagou R$ 6,6 bilhões, o que equivale a 53,2% do lucro recorrente.

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Tributação de dividendos e JCPs

A alta distribuição de dividendos e JCPs ocorre no momento em que o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, avalia a possibilidade de tributar os instrumentos.

Tal tributação seria em troca de um corte nas alíquotas do Imposto de Renda (IR) pagas pelas empresas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já sinalizou que o IR pode ser diminuído de 34% para 15%, após a taxação de dividendos e JCPs.

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Superdividendos do Itaú Unibanco

Os superdividendos do Itaú Unibanco são consequências de um problema positivo do banco: o excesso de capital, conforme o “Valor Econômico”.

A fim de evitar que uma quantia maior “sobre”, a instituição financeira decidiu em setembro de 2017 derrubar o teto que limitava os dividendos a 45% do lucro líquido.

No período, o banco definiu que faria anualmente a distribuição necessária para manter 13,5% do capital em nível 1. Este é o parâmetro que inclui ações, lucros acumulados e alguns títulos de dívida.

O Itaú Unibanco escolheu distribuir mais lucros aos acionistas, encerrando 2018 com 15,9% do capital em nível 1. Isso porque o crédito do banco foi fraco e limitado pelos reguladores para fazer aquisições.

Amanda Gushiken

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