Banco Central anuncia novo leilão de dólares para amanhã

O Banco Central (BC) anunciou nesta segunda feira (9) um leilão de dólares à vista, com o Ptax como referência. A operação está marcada para a faixa de 9h10 e 9h15 do dia de amanhã (terça-feira, 10).

O Banco Central realizou dois leilões nesta segunda-feira para tentar frear a alta do dólar. Pela manhã, o valor negociado foi de US$ 3 bilhões. À tarde, o órgão regulador voltou a operar com a venda de US$ 465 milhões.

Saiba mais: Dólar fecha em alta de 2% cotado a R$ 4,72 em dia de caos

O dólar encerrou as negociações em alta de 1,97%, cotado a R$ 4,726. Este é o maior valor nominal da moeda americana, sem considerar a inflação, da história.

Banco Central: intervenções  vão durar o necessário

Segundo Bruno Serra Fernandes, diretor de política monetária do Banco Central, as intervenções da autoridade monetária “podem durar o tempo que for necessário para o retorno do regular funcionamento do mercado de câmbio”.

O dólar, na manhã desta segunda-feira, chegou a atingir R$ 4,7921 na venda, em uma alta de 3,50%.

Saiba mais: Intervenções no dólar vão durar o necessário, diz Banco Central

O diretor ainda afirmou que as intervenções do BC no câmbio tem sido pontuais, respondendo a eventos e disfuncionalidades específicas. Serra também afirmou que a atual conjuntura “permite ao BC dispor de todos os seus instrumentos, no volume que entender apropriado, para promover o regular funcionamento do mercado de câmbio”.

Serra afirmou que a escolha de qual instrumento a ser utilizado no câmbio depende das condições de mercado e da forma como se apresenta a eventual disfuncionalidade a cada momento. “O BC não tem preconceito ou preferência por uso de nenhum dos instrumentos à sua disposição”, salientou.

“As próximas duas semanas permitirão uma avaliação mais precisa dos efeitos do surto de coronavírus (Covid-19) na trajetória prospectiva de inflação no horizonte relevante de política monetária”, salientou o diretor do Banco Central, não descartando novas ingerências no dólar.

Arthur Guimarães

Compartilhe sua opinião