Banco Central: investimentos são adiados devido as incertezas econômicas

Nesta quinta-feira (16), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que o País vive em um mundo de grandes incertezas do passado.

Esta afirmação foi feita após os dados divulgados pelo Banco Central, na última quarta-feira (15), de que a atividade econômica registrou recuo no primeiro trimestre deste ano.

“Viemos de um mundo de grandes incertezas no passado, mas não conseguimos nos livrar das incertezas. As incertezas continuam no ar e acho que isso explica um pouco esse adiamento da decisão de investir”, disse Neto.

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Disciplina fiscal

Conforme o presidente, no inicio do mandado do presidente Jair Bolsonaro, a economia reagia com otimismo. No entanto, o mercado começou a entender que o Brasil não tinha uma trajetória fiscal compatível.

“Acho que, quanto mais nós fomos capazes de sinalizar aos investidores que estamos falando sério sobre disciplina fiscal e que vamos resolver esse problema, mais rápido eles sentem confiança para investir”, afirmou Neto.

O presidente acredita que sinalizações acontecerão quando o governo conseguir implementar e aprovar as reformas fiscais. Reformas como tributária e Previdência.

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“O mercado está no processo de esperar as reformas, não só as fiscais [que têm impacto nas contas públicas], mas todas, como a tributária por exemplo, que gerem um ambiente melhor”, declarou Roberto.

Apesar de, o último índice de atividade econômica ter sido negativo, o presidente acredita ser possível uma retomada na economia.

Prévia do PIB indica retração

Na última quarta-feira, foram divulgados os dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) pelo Banco Central. O Produto Interno Bruto (PIB) teve uma retração de 0,68% no primeiro trimestre de 2019. Assim, o indicador divulgado pelo BC funciona como uma “prévia do PIB”.

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O recuo no crescimento da economia brasileira foi verificado entre janeiro e março de 2019 na comparação com o último trimestre de 2018.

Contudo, se o período comparativo for com os primeiros três meses do ano anterior, o índice aponta um crescimento de 0,23%. No mesmo sentido, nos últimos doze meses também houve um aumento de 1,05%, de acordo com índice do Banco Central.

Poliana Santos

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