Banco Central: endividamento em setembro chega a 90,6% do PIB

O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira (30) que a dívida pública chegou a 90,6% do PIB, um novo recorde. Este é o 9º mês consecutivo que o endividamento cresce no País. O BC informou que a relação dívida/PIB é a maior da série histórica iniciada em dezembro de 2006.

A dívida pública ultrapassou a marca dos 90% pela primeira vez. O aumento abrupto da marca acontece em linha com o aumento dos gastos do governo para diminuir os impactos da pandemia de coronavírus (Covid-19).

A dívida aumentou 1,8 ponto percentual, R$ 144 bilhões, em setembro frente ao mês de agosto, que já havia registrado uma alta de 2,4 ponto percentual.

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No início deste ano, a relação dívida/PIB estava em 76,2% e aumentou consecutivamente em todos os meses de 2020. No ano, a alta é de 14,8 pontos percentuais.

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A Instituição Fiscal Independente (IFI) estima que a dívida irá seguir crescendo e terminará o ano em 96,1% do PIB. Já o FMI projeta que a dívida chegue a 101,4% do PIB ao final deste ano. Vale destacar também que o rombo no setor público consolidado no mês passado foi de R$ 64,6 bilhões.

A dívida pública divulgada pelo Banco Central é calculada pela dívida pública bruta, que compreende o governo federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais. O dado é acompanhado de perto pelo mercado financeiro para medir a capacidade do país de pagar suas dívidas, o chamado nível de solvência.

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Juliano Passaro

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