Banco Central do Japão declara que deve aliviar política monetária

O Banco Central do Japão (BOJ), através de sua diretoria, afirmou nesta quarta-feira (25) que deve flexibilizar a sua política monetária.

Segundo a nota publicada no site da autoridade monetária central, o Banco Central do Japão fará o que fosse necessário para cumprir sua meta de inflação de 2%.

“Minha preocupação recente é que, em meio a riscos significativos de queda nas economias estrangeiras, efeitos negativos seriam exercidos sobre os preços”, afirmou Takako Masai em discurso a líderes empresariais em Tsu, na Prefeitura de Mie, região central do Japão. A fala da líder reflete a preocupação do BC japonês com os riscos crescentes vindos de economias estrangeiras.

Confira: Primeiro-ministro do Reino Unido promete Brexit até 31 de outubro

Masai reforça que “pretende continuar conduzindo a política monetária de maneira adequada para atingir a meta de estabilidade de preços, considerando todos os efeitos adversos e positivos possíveis de todos os ângulos”.

A executiva também afirmou que o Banco Central do Japão conduz a sua política monetária como um pacote, não sendo viável a concentração em uma única medida.

Ela faz referência às expectativas do mercado quanto a cortes adicionais nas taxas de juros para um patamar ainda mais negativo, caso afrouxe novamente a política monetária.

Banco Central do Japão está conduzindo a política (monetária) como um pacote, então não é apropriado destacar uma medida específica e discutir seus prós e contras”, declarou a repórteres após concluir o seu discurso no evento.

Veja também: Democratas iniciam processo de impeachment contra Trump

Ela faz referência às expectativas do mercado quanto a cortes adicionais nas taxas de juros para um patamar ainda mais negativo, caso afrouxe novamente a política monetária.

Banco Central do Japão deve seguir a tendência do BCE

O comportamento do Banco Central do Japão segue as decisões tomadas no dia 12 de setembro, após a reunião de seu conselho, o Banco Central Europeu quando foi anunciado um novo pacote de estímulos à economia do Velho Continente. O intuito, de acordo com a autoridade monetária, também é conter as preocupantes expectativas de inflação.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-2-1.png

Como já era aguardado, as taxas de juros foram cortadas pelo BCE e foi aprovada uma nova rodada de compras de títulos para estimular o crescimento da zona do euro.

Esse movimento é chamado de Quantitative Easing (QE), onde o Banco Central local compra os próprios títulos do governo, ou títulos do mercado, para reduzir as taxas de juros, portanto, expandindo a oferta da moeda na economia.

Saiba mais: Presidente do BCE diz que há espaço para mais cortes de juros

A manobra na política monetária tem por objetivo:

  • Aumentar a atividade econômica
  • Aumentar a taxa de inflação
  • Diminuir as taxas de juros

O BCE disse em seu relatório que o novo QE permanecerá em vigor pelo “pelo tempo que for necessário para reforçar o impacto acomodatício das suas taxas de política”. O Banco Central do Japão poderá seguir pelo mesmo caminho, como tem feito constantemente desde 1980.

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião