Banco Central: contas externas irão melhorar, segundo Campos Neto

As saídas de capital do Brasil irão se acomodar, enquanto as contas externas irão melhorar, segundo afirmou nessa segunda-feira (8) o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto,  durante uma reunião virtual com investidores.

O presidente do Banco Central indicou que as turbulências causadas pela pandemia de coronavírus (Covid-19) impactaram fortemente os fluxos de capital e o câmbio local, e que os efeitos da pandemia atingiram a economia do Brasil.

Entretanto, vale destacar que o fluxo cambial brasileiro fechou o mês de maio com um saldo positivo de US$ 3,080 bilhões, tendo seu primeiro mês positivo em 2020.

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Já sobre o desempenho do mercado de crédito do país, Campos Neto indicou que entre os dias 16 de março a 29 de maio, as operações alcançaram R$ 554,3 bilhões, ao mesmo tempo em que as renovações ficaram em R$ 156,9 bilhões.

Já as renegociações de dívidas com prazos ampliados chegaram a R$ 594,3 bilhões entre os dias 16 de março e 29 de maio desse ano, segundo o economista.

O presidente do BC ainda comentou sobre as mudanças no Programa Emergencial de Suporte a Empregos, criado pela autarquia para diminuir o caos causado pelo coronavírus.

Segundo ele, o governo deve realizar as seguintes mudanças:

  • Inclusão de empresas com lucro bruto anual do ano passado entre R$10 milhões e R$50 milhões;
  • Extensão do programa por mais dois meses;
  • Concessão de financiamento para empresas com um 50% dos postos de trabalho ainda ativos.

Presidente do Banco Central diz que Copom considera corte extra na Selic

Na mesma reunião organizada pelo Goldman Sachs, o economista também comentou sobre a taxa básica de juros (Selic). Campos Neto disse que o Comitê de Política Monetária (Copom) considera mais um corte na Selic, de até 0,75 ponto percentual.

O próximo encontro do Copom deve ocorrer nos dias 16 e 17 desse mês, mas o corte dependerá do cenário fiscal e dos dados da economia.

Saiba mais: Banco Central corta Selic em 0,75 ponto para 3% ao ano

Segundo o presidente do Banco Central, o cenário atual indica um estímulo monetário “extraordinariamente elevado”. Em contrapartida, o economista salientou que existem limitações para o grau de ajuste na taxa básica de juros.

Laura Moutinho

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