Banco Central enxerga avanço gradual na economia brasileira

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou na última quarta-feira (12) que a instituição está enxergando um avanço gradual da economia do Brasil. A fala foi dita em entrevista à “GloboNews”.

Campo Neto disse que o canal do crédito está saudável e que o varejo e os serviços apresentam uma pequena melhora. Entretanto, o presidente do Banco Central disse que a indústria está passando por um momento mais difícil.

“Falamos desde o começo que o crescimento seria mais gradual. É como se tivesse duas turbinas, com a pública diminuindo e a privada compensando”, disse o presidente do BC, destacando que a autarquia trabalha com um crescimento próximo de 2%.

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Sobre o câmbio, o presidente do BC afirmou que “é flutuante”.  Ou seja, para o BC não há motivos para intervir no mercado cambial por conta da alta do dólar.

“Então faz parte de uma política que o BC vem adotando que chamamos de política de separação. Você usa os juros para a política monetária, o câmbio é flutuante, e as ações macroprudenciais são para estabilidade financeira”, acrescentou o presidente do Banco Central.

Política monetária do Banco Central

Há cerca de um mês, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que o momento do ciclo econômico indicava cautela na condução da política monetária.

De acordo com o presidente do Banco Central, novas alterações na política monetária iriam depender do avanço da economia do Brasil. A necessidade de cautela já havia sido salientada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro, após o corte da taxa básica de juros (Selic) para a mínima histórica de 4,5% ao ano.

“Os próximos passos [da política monetária] continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, afirmou o presidente da autoridade monetária.

No dia 5 de fevereiro, o Banco Central decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25%. Com o novo corte a taxa caiu para 4,25%, uma nova mínima histórica.

Juliano Passaro

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