Banco do Brasil e UBS avaliam joint venture em banco de investimento

O Banco do Brasil (BBAS3) e o banco suíço UBS Group AG estariam negociando para a constituição de um banco de investimento. A joint venture seria anunciada em breve. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (6) pela agência de notícias “Reuters”.

O Banco do Brasil estaria considerando há tempo opções alternativas para reforçar o segmento de banco de investimento. O segundo maior banco do País já tinha iniciado um processo formal para individuar potenciais parceiros.

O BB chegou a conversar com vários bancos estrangeiros, mas esse processo acabou sendo interrompido por causa das eleições presidenciais. O presidente do banco, Rubem Novaes, tinha reiniciado o processo formal de procura de um parceiro.

Acordo poderia ser assinado em outubro

Um acordo entre o BB e o UBS poderia ser assinado já em outubro. As duas instituições estariam discutindo uma elaboração do negócio que combine o banco de investimento do Banco do Brasil, BB BI, e a estrutura do UBS no Brasil.

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Nesse caso, o UBS seria majoritário na joint venture. Uma decisão que evitaria problemas operacionais frequentes em empresas estatais brasileiras. Entretanto, a governança seria dividida de maneira equilibrada. Os dois bancos poderiam indicar um número semelhante de diretores.

Não estaria previsto um pagamento no negócio. O BB teria acesso à plataforma de banco de investimento do UBS, aumentando a oferta de produtos para os clientes pessoa jurídica.

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Por sua vez, o UBS teria a vantagem de poder contar com a possibilidade de empréstimos do BB em determinadas transações de banco de investimento. Entre elas, financiamentos a aquisições.

Os créditos, nesse tipo de operações, ficariam no balanço do Banco do Brasil e não no da joint venture. O UBS e o BB não quiseram comentar essa hipótese de colaboração.

UBS aprovou joint venture com Banco do Brasil

A joint venture no Brasil é um projeto aprovado por Ros Stephenson, co-chefe de banco de investimento global junto com Javier Oficialdegui. A operação faz parte de um projeto de reestruturação global do UBS anunciada esta semana.

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Os suíços estariam se movimentando após ter ficado atrás de seus concorrentes americanos nos rankings de assessoria a fusões e aquisições e ofertas de ações no Brasil. Além disso, o UBS precisa custos e melhorar os resultados já que suas ações listadas na Suíça caíram 30% nos últimos 12 meses.

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O UBS estaria apenas em vigésimo primeiro lugar na assessoria a fusões e aquisições no Brasil, além de estar em nono lugar na emissão de ações. Por sua vez, o Banco do Brasil, que não atuaria muito na assessoria a fusões, estaria em décimo lugar no ranking de emissão de ações. Os dados foram divulgados pela consultoria Refinitiv, e cobrem o período de janeiro até setembro de 2019.

Carlo Cauti

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