Balança comercial registra déficit de US$ 1,745 bilhão em janeiro

A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 1,745 bilhão em janeiro. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (3) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

O montante representa o pior desempenho da balança comercial para o mês de janeiro desde 2015, quando o valor foi negativo em US$ 3,185 bilhões. No mês passado, as exportações somaram US$ 14,430 bilhões ante US$ 16,175 bilhões em importações.

No mesmo período do ano passado, as exportações ultrapassaram as importações em US$ 1,697 bilhão. Na comparação anual, os produtos exportados apresentaram queda de 20,2%. Além disso, as compras do exterior recuaram 1,3%.

Alguns segmentos impulsionaram a queda das exportações no período, sendo eles:

  • Produtos manufaturados (-27,7%);
  • Semimanufaturados (-25,2%);
  • Produtos básicos (-11,9%).

Por outro lado, confira o desempenho dos principais setores das importações no mês passado:

  • Combustíveis e lubrificantes (-15,3%);
  • Bens intermediários (-3,4%);
  • Bens de capital (+6,6%);
  • Bens de consumo (+6,9).

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Além disso, durante o mês de janeiro os países que mais compraram produtos brasileiros foram:

  • China, Hong Kong e Macau: US$ 3,672 bilhões;
  • Estados Unidos: US$ 1,617 bilhão;
  • Argentina: US$ 680 milhões;
  • Países Baixos: US$ 532 milhões;
  • Cingapura: US$ 388 milhões.

Causas para o déficit da balança comercial em janeiro

De acordo com o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, o desempenho negativo da balança comercial em janeiro está relacionado a menor venda de petróleo. A desaceleração foi motivada pela queda da demanda mundial.

O atraso no plantio e na colheita de soja, tal como a queda na exportação de milho e celulosa também foram prejudiciais no último mês. Brandão ressaltou ainda que a crise econômica na Argentina contribuiu para o déficit.

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O subsecretário comentou os impactos do coronavírus no comércio internacional. Segundo ele, a epidemia pode afetar o Brasil caso tenha efeitos sobre a economia chinesa.

“Monitoramos [os efeitos da epidemia de coronavírus no comércio internacional]. Na medida em que houver algum efeito sobre a economia chinesa, assim como outros países do mundo, o Brasil pode ser afetado”, afirmou o subsecretário.

Brandão afirmou que o coronavírus pode refletir principalmente nas exportações brasileiras de insumos industriais. Dessa forma, afetando a balança comercial do País.

Giovanna Oliveira

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