Azul e Gol lideram baixas do Ibovespa em meio a alta do dólar

As companhias aéreas Azul e Gol operam em baixa na Bolsa de Valores de São Paulo, nesta terça-feira (26). As empresas lideram as maiores quedas do Ibovespa. A Gol, por volta das 11h50, era cotada a R$ 33,26, operando com baixa de 4,01%. Já a Azul operava em queda de 5%, sendo cotada a R$ 51,15.

Os preços de passagens das empresas de aviação variam de acordo com diversos fatores, como por exemplo a sazonalidade e a compra antecipada, segundo informações das próprias empresas. Os valores das passagens e do combustível para as aeronaves influenciam em como opera uma empresa do setor de aviação, como Gol e Azul, na Bolsa.

Entretanto, há um outro fator fundamental para a volatilidade dessas empresas na Bolsa de Valores: o dólar. É o que explica a analista Sandra Peres, da Terra Investimentos: “O dólar já vem acumulado alta forte nesse ano, impactando diretamente os custos do setor aéreo, já que 60% deles são dolarizados”.

A alta da moeda influencia na compra do combustível e, consequentemente, nos valores das passagens também. De acordo com a especialista, isso tem impacto direto na operação da empresa na Bolsa de Valores, já que o mercado fica atento a esses tipos de volatilidade.

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Alta do dólar

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na última segunda-feira (25) no Fórum de CEOs Brasil-EUA, que “é bom se acostumar com o câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo”.

Guedes disse que o dólar em um patamar mais alto é resultado de uma nova política econômica, tendo juro de equilíbrio mais baixo e câmbio neutro maior. O ministro afirmou que esse novo modelo ainda precisa ser absorvido pela sociedade.

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“Eu não estou preocupado com a alta do dólar. Ao contrário. Achei um desenvolvimento interessante e absolutamente compreensível quando você pega os juros. Os juros reais do Brasil estão abaixo de 2%. Inflação descendo, os juros descendo junto”, afirmou o Guedes. Vale ressaltar que além de empresas como a Gol e a Azul, o dólar também influencia empresas importadoras.

Juliano Passaro

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