Azul (AZUL4) tem prejuízo de R$ 1,22 bilhão mas melhora previsões

A Azul (AZUL4) teve um prejuízo de R$ 1,22 bilhão no terceiro trimestre de 2020, aumento de 122,7% nas perdas em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, a companhia melhorou hoje suas previsões de oferta de voos até o final deste ano, quando deve chegar a 70%.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da companhia aérea foi de R$ 198,3 milhões no terceiro trimestre, queda de 78,4% ante o mesmo intervalo de 2019. A receita líquida somou R$ 805,3 milhões, queda de 73,4%, impactada pela redução na demanda de passageiros devido à pandemia da Covid

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Na frente operacional, a Azul divulgou queda de 66,6% na oferta de voos (ASK) e de 69% na demanda (RPK). A taxa de ocupação foi de 78,4%, frente a uma ocupação de 84,3% um ano antes. Já o yield por passageiro/quilômetro caiu 30,3% para 24,59 centavos.

O custos e despesas operacionais foram de 1,053 bilhão, queda de 57,9% na comparação anual.

Desempenho financeiro da Azul

O resultado financeiro líquido da companhia foi negativo em  R$ 1,037 bilhão no trimestre, sendo que a perda cambial não caixa somou R$ 542,6 milhões, com a queda de 35,4% na cotação do real no período.

A empresa encerrou o trimestre com liquidez imediata de R$ 2,3 bilhões, sem considerar a recente emissão de debêntures da empresa. Já a liquidez total chegou a R$ 6,9 bilhões, incluindo investimentos de longo prazo, ativos disponíveis e reserva de manutenção.

A dívida líquida da Azul chegou a R$ 14,77 bilhões, queda de 6,8% em relação ao trimestre anterior. A alavancagem (dívida líquida sobre Ebitda) ficou em 11,3 vezes, bem acima do patamar de 6,4 vezes obtido no segundo trimestre.

Em 30 de setembro de 2020, o prazo médio da dívida da Azul, excluindo passivos de arrendamento de aeronaves, era de 3,1 anos com custo médio de 5,2%.

Azul revisou projeções para último trimestre de 2020

Recentemente, a empresa anunciou a emissão de R$ 1,7 bilhão em debêntures conversíveis. Segundo a empresa, considerando os níveis de caixa, será possível sustentar a operação por mais de cinco anos.

A Azul revisou sua projeção de oferta de voos (ASK) total para dezembro de 2020, que passou de 60% para 70% do ASK de 2019. A empresa não tinha uma previsão para o ASK domético, mas informou agora esperar ASK maior que 80% do visto em dezembro de 2019 para o último mês de 2020.

Em setembro, a capacidade doméstica da Azul representou 49% do mesmo período do ano passado.

A Azul voltará a voar para 113 dos 116 destinos servidos no início de 2020, até o final deste ano, o que representa recuperaçõ de 97% da malha em termos de cidades atendidas.

O consumo médio diário no quarto trimestre deve ser de R$ 1,5 milhão, excluindo a emissão de debêntures conversíveis. A previsão anterior era de R$ 2,5 milhões por dia de consumo de caixa médio.

A expectativa de pagamento de arrendamento da Azul passou de R$ 471 milhões no segundo semestre de 2020 para R$ 324 milhões no quarto trimestre de 2020. A redução, comparada ao plano original, é de 60%.

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Natalia Gómez

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