Azul (AZUL4) vai emitir R$ 1,6 bi em debêntures conversíveis em ações

A Azul (AZUL4) anunciou ao mercado nesta segunda-feira (26) que irá emitir R$ 1,6 bilhão em debêntures conversíveis em ações preferenciais (PN).

De acordo com o comunicado da companhia aérea, os recursos líquido obtidos pela emissão serão utilizados para capital de giro, expansão de atividade de logística e outras oportunidades estratégicas.

Segundo a empresa, a Knighthead Capital Management LLC e a Certares Management LLC serão investidores-âncora na operação, se comprometendo a ficar com pelo menos US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão), e no máximo US$ 325 milhões (aproximadamente R$ 1,8 bilhão) da oferta.

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Serão emitidas 1,6 milhão de debêntures, sem considerar as adicionais que poderão ser acrescidas em até 20%, valor equivalente a 320 mil debêntures adicionais. Os títulos terão valor nominal unitário de R$ 1 mil e a emissão será realizada em série única. O prazo será de cinco anos contados da data de emissão, portanto, com vencimento em 26 de outubro de 2025.

As debêntures poderão ser convertidas em ações preferenciais a qualquer tempo, até o quarto dia útil anterior à data de vencimento ou até o quarto dia útil anterior a uma data de resgate antecipado, por meio da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

A Azul não acatará conversão em dia de assembleia geral de acionistas da companhia aérea. A conversão poderá se referir a parte ou à totalidade das debêntures de titularidade do respectivo debenturista, a exclusivo critério de tal debenturista.

O público alvo da oferta é composto pelos seguintes investidores:

  • investidores de fundos de investimentos
  • clubes de investimento
  • carteiras administradas
  • fundos de pensão
  • entidades administradoras de recursos de terceiros registrada na CVM
  • entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central
  • seguradoras, entidades de previdência complementar e de capitalização
  • pessoas jurídicas que sejam consideradas investidoras profissionais
  • investidores qualificados.

Durante todo o período de capitalização, que se inicia na primeira data de integralização e se encerra em 26 de outubro de 2021, a remuneração será de 7,50% ao ano. Este valor será incorporado ao valor nominal unitário atualizado das debêntures, de forma automática.

Segundo a Azul, nos demais períodos de capitalização e durante todo o respectivo Período de Capitalização, a remuneração será de 6% (ao ano, que serão pagos em espécie).

Nesta segunda-feira (26), após a notícia de emissão de debêntures, por volta das 10h26, a ação preferencial da companhia (AZUL4) registrava queda de 2,69%, negociado a R$ 26,37. Já o principal índice da B3, o Ibovespa, apresentava alta de 0,13%, totalizando 101.391,44 pontos.

Azul ainda não decidiu se usará crédito do BNDES

O mercado estava aguardando alguma definição sobre a capitação de recursos pela Azul, visto que o CEO e cofundador da companhia aérea, John Peter Rodgerson, disse, na semana passada, que não não sabia se iria utilizar o empréstimo de R$ 2 bilhões oferecido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo Rodgerson, a empresa está com um caixa de R$ 2,3 bilhões, o suficiente para manter a companhia por cerca de 30 meses. No entanto, na análise do CEO é importante ter recursos em caixa para caso tenha uma segunda nova onda de covid-19.

A Azul está operando com 120 dos 150 aviões de sua frota, além de ter retomado a operação de 65% de sua malha, o que era previsto apenas para o final deste ano.

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Poliana Santos

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