Avianca Holdings registra prejuízo líquido de US$ 408 milhões no 2T19

A Avianca Holdings, empresa dona da companhia aérea Avianca, registrou um aumento no prejuízo líquido, que somou US$ 408 milhões (cerca de R$ 1,6 bi) no segundo trimestre de 2019.

Entre os meses de abril e junho do ano passado, o prejuízo obtido pela Avianca Holdings foi de US$ 35,7 milhões.

Conforme os dados divulgados pela empresa, o resultado negativo foi provocado pela variação cambial. Além disso, influenciou também a redução nos preços das passagens. A diminuição nos preços foi necessária por conta da desaceleração econômica em alguns países da América do Sul.

Além da Avianca, a empresa detém as aéreas Tampa Cargo, Aerolíneas Galápagos e Taca.

Resultados da Avianca Holdings no 2T19

A receita operacional da empresa diminuiu 6,9% entre abril e junho, quando comparado ao mesmo período do ano passado. O valor contabilizou US$ 1,12 bilhão.

Em contrapartida, o número do passageiros transportados cresceu 4,1% e a oferta de assentos subiu 4,7%. A taxa de ocupação de voos recuou 0,46 ponto percentual ante o mesmo período de 2018, chegando a 82,3%.

As despesas operacionais caíram 0,3% no período compreendido abril e junho. O montante foi de US$ 1,14 bilhão.

O prejuízo operacional foi de US$ 321,5 milhões. Na comparação anual, o valor recuou. Em 2018, a companhia registrou um lucro operacional de US$ 20,8 milhões.

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O Ebitdar contabilizou US$ 51,6 milhões no segundo trimestre. O valor representa uma queda de 68,6% ante o mesmo período de 2018.

Esse indicador exclui os custos e despesas de arrendamento mercantil no cálculo tradicional da margem Ebitda, que somou US$ 51,6 mi no período.

Resultados futuros

Para melhorar seus resultados futuros e otimizar sua estrutura de custo, a empresa pretende ceder algumas aeronaves. A venda deverá ser concluída no terceiro trimestre deste ano.

Com as medidas, a companhia espera reduzir o valor de suas dívidas e melhorar sua gestão.

Recuperação judicial da Avianca Brasil

A Avianca Brasil está em processo de recuperação judicial desde dezembro do ano passado.

A empresa era quarta maior no setor de aviação do Brasil. Além disso, era responsável por 13% do mercado aéreo nacional e tinha registrado um crescimento forte nos últimos anos.

Saiba mais: Anac distribui slots da Avianca para aéreas entrantes no mercado

Com a crise, os horários de pouso e decolagem da empresa, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foram distribuídos para outras empresas.

Em maio desse ano, a Avianca teve suas operações suspendidas pela Anac. Desde então, diversos voos da companhia foram cancelados.

Giovanna Oliveira

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