Avianca Brasil demite cerca de 200 tripulantes, diz SNA

A Avianca Brasil demitiu ao menos 200 pilotos e copilotos na última segunda-feira (13), de acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). O número equivale a cerca de 15% do total de tripulantes da companhia aérea.

A Avianca Brasil deve seguir com as demissões nesta terça-feira (14), dessa vez atingindo os comissários de bordo, segundo o SNA. No entanto, de acordo com o presidente do sindicado, Ondino, Dutra, não há garantias de que os demitidos vão receber seus direitos trabalhistas.

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As demissões é o resultado da perda de 80% da frota de aeronaves por parte da companhia aérea, que passa por recuperação judicial desde dezembro último.

Devido a inadimplência, as empresas de ‘leasings’, entraram com pedidos na Justiça para que os aviões fossem devolvidos. Dessa forma, a frota da companhia que chegou a ser de 50 aeronaves caiu para cinco, de dezembro até hoje, fazendo com que fosse desnecessária a permanência de 1.500 funcionários da empresa.

Gol quer demitidos

Na contramão da rival, a Gol abriu as portas para os demitidos da Avianca. A empresa aérea abriu um processo seletivo exclusivo para ex-tripulantes técnicos e comerciais da companhia em crise.

De acordo com o diretor executivo de Gente e Cultura da Gol, Jean Nogueira, o potencial dos ex-funcionários da Avianca Brasil é reconhecido e que “poder contribuir com a recolocação desses colaboradores no mercado de trabalho é motivo de orgulho para todos nós do Time de Águias”

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Entenda a crise da Avianca Brasil

A Avianca é a quarta maior companhia aérea do Brasil e está em recuperação judicial desde dezembro 2018. O pedido foi registrado na 1ª Vara Empresarial de São Paulo em 10 de dezembro, após crescentes prejuízos e atrasos em pagamentos de arrendamento de aeronaves.

Por causa da falta de pagamento, os credores apresentaram recursos para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A agência recebeu pedidos por retirar as aeronaves operadas pela empresa do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB).

Além disso, a Avianca Brasil também deixou de pagar seus funcionários. Antes da crise, a empresa possuía 5,3 mil funcionários, deles 617 eram pilotos e 1,1 mil comissários.

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Renan Bandeira

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