Argentina retoma renegociações com credores após 9º default

Um grande grupo credor da Argentina comunicou no último sábado (23) que estava comprometido com sua proposta de reestruturação da dívida de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 359,45 bilhões) e que foi convidado a assinar um acordo de confidencialidade pelo governo do país.

O Exchange Bondholder Group informou, por meio de comunicado, que sua contraproposta apresentada no dia 15 de maio garante “um alívio significativo da dívida para a Argentina e, sem dúvida, fornece uma estrutura de dívida sustentável para a Argentina em relação aos títulos”. O grupo representa 18 instituições de investimento e corresponde a 15% dos Exchange Bonds do país vizinho.

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As autoridades argentinas estão avaliando contrapropostas de suas principais credores, após sua oferta de reestruturação dívida externa ser amplamente rejeitada.

O país marcou seu nono default soberano na última sexta-feira (22), depois de descumprir o prazo para o pagamento de US$ 500 milhões em juros de dívida já atrasados.

Negociações entre Argentina e credores continuam

O ministro da Economia argentino Martín Guzmán, declarou no dia 15 de maio que o país tenciona obter um acordo reestruturação da dívida que seja capaz de pagar e que as negociações com credores continuam. Nesse sentido, uma fonte familiarizada com o assunto afirmou à agência “Reuters” na última sexta-feira que as negociações poderiam chegar a um avanço “em questão de dias”.

O Exchange Bondholder Group também informou que seus representantes e outros grupos de credores foram abordados pela Argetina sobre o acordo de confidencialidade “para contemplar negociações com o Ministério da Economia”. Além disso, pelo menos um outro grupo de credores assinou o acordo de confidencialidade, conforme afirmou uma fonte à agência.

Saiba mais: Argentina dá calote de US$ 500 milhões em juros da dívida

O ministro da Economia declarou que as negociações estão em um caminho positivo, não obstante a “distância importante” que ainda existe para chegar a um acordo entre o governo da Argentina e os credores.

Arthur Guimarães

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