Balanços da semana

Argentina rejeita contraproposta de credores para reestruturar dívida

O governo da Argentina comunicou no último sábado (25) que rejeitou a contraproposta realizada por grupos de credores para reestruturar a dívida de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 338 bilhões).

O governo do presidente Alberto Fernández ressaltou, no entanto, que aceita negociar a melhoria dos termos legais. A Argentina pontuou que não possui condições de pagar mais do que ofereceu em sua proposta de 6 de julho, porém diz estar disposta a modificar os termos contratuais para refinar o resultado do processo de reestruturação.

“A Argentina quer contribuir e contribuirá para a elaboração de instrumentos contratuais que melhorem o sucesso das iniciativas de reestruturação da dívida soberana quando os devedores tiverem um apoio significativo dos credores”, manifestou o Ministério da Economia em comunicado.

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De acordo com a pasta, a contraproposta realizada pelos três grupos de credores que reivindicam representar mais de um terço dos títulos do país, demandava uma melhoria financeira no pagamento da Argentina e que o país vizinho cubra “as taxas e despesas de alguns dos seus próprios conselheiros”.

“Os aspectos da contraproposta que buscam impor encargos adicionais a uma economia que está se afogando em meio à crise da COVID-19 (…) devem saber que suas reivindicações não podem ser atendidas. Não apenas seria irresponsável, mas também injusto”, comunicou o Ministério da Economia, em comunicado.

Três grandes credores enviam oferta conjunta para Argentina

Há pouco menos de uma semana, os grupos Exchange Bondholders, Ad Hoc e Argentina Creditor Committee informaram que se recusaram a participar da nova oferta de swap em títulos de dívida do país.

Saiba mais: Argentina: credores rejeitam oferta de swap e fazem nova proposta

Nesse sentido, os três grandes grupos de credores comunicaram que haviam enviado à Argentina uma nova oferta conjunta para reestruturação da dívida, visto que não apoiavam a proposta “final” do governo e informaram estar confiantes de que uma resolução consensual estava ao alcance de ambas as partes.

Arthur Guimarães

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