Argentina anuncia medidas para reforçar controle cambial

O Banco Central da República Argentina (BCRA) anunciou algumas medidas com o intuito de fortalecer o controle no câmbio e assim, “promover uma atribuição mais eficiente das divisas” e evitar operações “disruptivas” de investidores não residentes nos mercados financeiros. As medidas foram anunciadas na terça-feira (15), mas entram em vigor nessa quarta-feira (16) e serão válidas até o fim do ano.

Além disso, a autoridade monetária argentina destacou sua pretensão de favorecer o desenvolvimento do mercado de capitais local, e preparar para uma renegociação da dívida privada externa que seja compatível com o “funcionamento normal do mercado de câmbio”, segundo apontou o comunicado da instituição.

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Com o intuito de aumentar o controle para a compra de dólares estadunidenses, ainda nessa terça-feira, o Banco Central argentino afirmou que planeja conservar o limite atual de US$ 200 para que a população local possa comprar a moeda estadunidense. Apesar disso, apontou que visa desencorajar que isso seja usado para poupança ou gastos com cartão.

Nesse sentido, o ‘dólar solidário’, que é destinado para poupança, custará 131 pesos, ante 103 pesos pagos pela divisa nas casas de câmbio.

Cabe destacar que os gastos em cartões, tanto de crédito como de débito, em moeda estrangeira também terão que obedecer ao limite de US$  200 mensais. Frente a isso, a autoridade monetária explica que caso os gastos em cartões sejam superiores a esse limite em algum mês, o valor sobresselente deverá ser descontado do limite para os próximos meses.

Governo da Argentina envia ao Congresso projeto de lei de Orçamento para 2021

O governo argentino enviou ontem seu projeto de lei de Orçamento, para 2021, ao Congresso.

O Ministério da Economia projeta que o déficit primário fique em 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, e sinaliza uma recuperação “robusta” da receita pública, enquanto aponta o avanço de 5,5% da economia.

O comunicado do Ministério ainda aponta que a inflação ao consumidor deva ficar em 29%, ao passo que o dólar deva ficar em, aproximadamente, 102 pesos.

O governo da Argentina terá “um papel central no processo de recuperação econômica”, segundo o comunicado da pasta.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Laura Moutinho

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