Argentina estende pela quinta vez o prazo para negociação de dívida

O Ministério da Economia da Argentina estendeu pela quinta vez o prazo de negociação com credores internacionais para a reestruturação de sua dívida externa. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (19) pelo jornal argentino “La Nación”.

Apesar de terminar nesta sexta-feira o prazo que já havia sido extendido, o anúncio foi prorrogado para o dia 24 de Julho. Para adiar a divulgação do plano, a Argentina fará um pedido à Securities and Exchange Commission (SEC).

O ministro da Economia argentino Martín Guzmán, declarou no dia 15 de maio que o país tenciona obter um acordo de reestruturação da dívida que seja capaz de pagar.

Suno One: acesse gratuitamente eBooks, Minicursos, Artigos e Video Aulas sobre investimentos com um único cadastro. Clique para saber mais!

No mês passado, a Argentina marcou o nono default soberano após descumprir o pagamento de US$ 500 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) em juros de dívida.

A Argentina entrou em um impasse na renegociação das dívidas

As negociações da reformulação da dívida Argentina entraram em um impasse nesta quinta-feira (18) devido a crescente tensão entre funcionários do governo e credores internacionais.

Os credores e a Argentina declararam no final desta quarta-feira (17) que recusam os termos que estavam sendo negociados para a restruturação da dívida pública.

O governo argentino informou que não poderia “se comprometer de forma responsável” com os termos oferecidos pelos credores. Também acrescentou que alguns eram “amplamente inconsistentes com a estrutura de sustentabilidade da dívida para a Argentina restaurar a estabilidade macroeconômica e avançar em direção a um programa com o FMI“.

Saiba mais: FMI mantém esperança de que Argentina e credores chegarão a acordo

O maior grupo de bondholders do país se chama “Ad Hoc” e consiste em 13 gestores de ativos internacionais. O grupo afirmou que o governo da Argentina havia “abandonado” uma “oferta abrangente e sustentável de reestruturação da dívida”. As conversas com funcionários do governo foram descritas como um “fracasso”.

Daniel Guimarães

Compartilhe sua opinião