Argentina dá calote de US$ 500 milhões em juros da dívida

A Argentina marcou o nono default soberano nessa sexta-feira (22) após descumprir o pagamento de US$ 500 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) em juros de dívida. Contudo as negociações devem continuar já que o prazo do acordo com os credores foi adiado para o dia 2 de junho.

O prazo de carência para o para o pagamento era de 30 dias e venceu as 18h (horário de Brasília) de hoje. Frente a isso, a agência de classificação de riscos, Moody’s afirmou que “o panorama para a reestruturação da dívida da Argentina provavelmente se tornará mais complicado”.

Além disso, o Comitê de Credores do País afirmou que se esse último default não for “prontamente resolvido, impedirá o acesso ao mercado de capitais internacional necessário para a recuperação da economia argentina e, portanto, será prejudicial para o povo argentino”.

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Vale salientar que o esse default é considerado parcial, visto que os credores e o ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, continuam em negociação.

Argentina diz precisar de acordo dentro sua capacidade

Martín Guzmán, declarou na última sexta-feira (15) que o país objetiva garantir um acordo reestruturação da dívida qual seja capaz de pagar e que as negociações com credores continuam.

O ministro argentino afirmou que uma oferta foi realizada, até o momento não havia sido aceita pelos credores privados. No entanto, comunicou que o governo do presidente Alberto Fernández ainda estava disposto a receber uma contraproposta. O prazo de vencimento da oferta de reestruturação da dívida de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 380,9 bilhões) havia sido adiado para essa sexta-feira.

Saiba mais: Argentina: credores rejeitam proposta de reestruturação da dívida

“Queremos acordo de renegociação da dívida dentro da nossa capacidade”, afirmou Guzmán durante evento online, organizado pelo Council on Foreign Relations. O ministro da Economia da Argentina salientou que o país vizinho procura se tornar um bom pagador de suas dívidas. Para isso, porém, seria necessário que o projeto de reestruturação seja sustentável”.

Laura Moutinho

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