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Argentina pode adiar prazo de oferta de reestruturação de títulos, diz jornal

A Argentina deve adiar o prazo da sua oferta de reestruturação de títulos para depois do dia 24 de agosto (prazo atual para aceitar o acordo), e exibir uma nova proposta à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos até semana que vêm, segundo informou uma fonte à ‘Reuters’.

Nesse cenário, após a Argentina apresentar a nova proposta, os detentores dos títulos vão contar com até 10 dias úteis para deliberar sobre a oferta.

Entretanto, como o prazo atual é até 24 de agosto, o governo teria que emitir um decreto para formalizar a proposta e registrá-la na Comissão de Valores Mobiliários norte-americana ainda hoje.

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Frente a isso, a fonte declarou à agencia de notícias britânica que “o decreto vai bem, mas pode não ser finalizado hoje. O próximo dia útil é terça-feira. O prazo de 10 dias será cumprido e em nenhum caso a prorrogação do prazo da oferta irá além de agosto”.

Argentina fecha acordo com credores para reestruturação de US$ 65 bilhões

O governo argentino fechou um acordo com três grupos de credores para a reestruturação da dívida de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 348,12 bilhões). O acordo firmado  no início de agosto fará com que o país possa sair da inadimplência, após ter deixado de pagar os juros da dívida soberana do primeiro semestre deste ano.

Segundo o Ministério da Economia da Argentina, “o acordo permitirá que membros dos grupos de credores apoiem a proposta de reestruturação da dívida do país e concedam um alívio significativo da dívida“.

O acerto se refere às negociações com o Ad Hoc Group of Argentine Bondholders, o Argentina Creditor Committee e o Exchange Bonjolder Group. Além disso, dentre os principais detentores de títulos argentinos estão Fidelity Management & Research, Monarch Alternative Capital LP, VR Capital Group, Greylock Capital Management e Pharo Management LLC.

Cinco dos títulos passíveis de troca estão inadimplentes, uma vez que a Argentina não pagou os juros de US$ 500 milhões em maio e outros US$ 600 milhões na última semana de julho, fazendo com que o País entrasse em default (calote) no mês passado.

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Laura Moutinho

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