Por que Apple e Samsung podem retirar o carregador da embalagem dos smartphone

Depois do anúncio da Apple (NASDAQ: AAPL), a Samsung também está estudando não vender mais o carregador junto com seus smartphones. Por enquanto, são apenas rumores, mas há anos se fala dessa escolha e a Apple também está realizando pesquisas com seus clientes sobre uma escolha que, apenas a primeira vista, poderia parecer radical.

De fato, os pontos positivos de não colocar mais o carregador nas embalagens de venda dos smartphones são muitos. Em primeiro lugar, economizar recursos, seja econômicos que naturais. E evitar desperdício.

Após mais de uma década da popularização dos smartphones, as pessoas já acumulam dezenas de carregadores em suas casas. A maioria dos quais completamente inútil, pois, no final, ninguém usa tantos dispositivos ao mesmo tempo.

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Além disso, comprando um novo hardware, se ganha outro carregador. Um desperdício que poderia ser evitado, salvando milhões de toneladas de plástico, metais e terras raras que se tornariam lixo eletrônico.

Em segundo lugar, eliminar o carregador significaria diminuir o preço dos smartphones, evitando comprar algo geralmente inútil. É verdade que os carregadores de baterias evoluem para acompanhar a demanda de energia dos dispositivos que recarregam, mas essa evolução é mais lenta em relação aos próprios dispositivos.

A eliminação dessa peça também envolveria uma embalagem menor e mais leve. Portanto, menos volume, menores custos de transporte e mais produtos que podem ser enviados com um único frete.

Parece pequeno, mas esse punhado de gramas e centímetros, multiplicado pelos 1,5 bilhões de telefones produzidos todos os anos, significaria uma economia e tanto. Menores gastos para os produtores que deveriam se traduzir em um preço mais baixo dos aparelhos.

Não é apenas uma questão de carregadores de smartphones

Mas a questão não é apenas sobre os carregadores dos smartphones. Considerando também câmeras, leitores de e-books, tablets e qualquer outro dispositivo portátil, as unidades produzidas todos os anos aumentam para cerca de 4 bilhões, totalizando 300 mil toneladas de lixo eletrônico.

Hoje, também por impulso da União Europeia (UE), que há cerca de cinco anos obrigou os produtores a padronizar seus carregadores, muitos desses produtos usam o mesmo tipo de cabo: os mais modernos usam o USB-C, aqueles anterior ao USB-A.

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Ou seja, graças a essa padronização apenas um cabo poderia recarregar os dispositivos da mesma família. Uma escolha conveniente, especialmente se considerarmos que muitos carregadores hoje têm várias portas, até seis ou mais, e são capazes de gerenciar de forma inteligente o fluxo elétrico, fornecendo a cada dispositivo a energia necessária.

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Em suma, a era do carregador gratuito na embalagem dos smartphones parece estar acabando. Se dois gigantes como Samsung e Apple realmente tomarem decisões nessa direção, é fácil prever que todos os outros produtores não poderão fazer mais nada que segui-los.

Carlo Cauti

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