Apple alerta para risco ‘material’ de pressão regulatória sobre a App Store

A Apple (NASDAQ: APPL) alertou nesta sexta-feira (30) os investidores sobre um risco financeiro “material” que enfrenta devido à pressão regulatória em relação à sua loja de aplicativos App Store, que pode levar a um prejuízo de bilhões de dólares.

A gigante do Vale do Silício chamou a atenção, em seu mais recente relatório anual, para os riscos legais que aumentam em torno de seus negócios, à medida que cresce a hostilidade política sobre a Apple e as big techs dos Estados Unidos.

A companhia ressaltou especialmente o potencial impacto sobre as comissões da App Store, caso a fabricante do iPhone venha a perder os desafios legais do modelo. A empresa abocanha 30% da maior parte das compras digitais realizadas por meio de sua loja de aplicativos, percentual que pode cair para 15% em determinadas assinaturas. A Apple defende que valor reflete os custos intrínsecos à curadoria e proteção, bem como da melhora de suas ferramentas para continuar a atender as demandas do mercado.

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“Se a taxa de comissão que a [Apple] retém sobre as vendas da [App Store] for reduzida ou se for de outra forma limitada em abrangência ou eliminada, a condição financeira e os resultados operacionais da companhia podem ser adversamente impactados”, destacou a empresa da maçã.

App Store e Apple Music ficam atrás apenas do iPhone

Os serviços App Store e Apple Music são as maiores linhas da companhias, atrás somente do iPhone, seu principal produto. No entanto, o modelo da empresa passa por diversos desafios.

Mais cedo neste ano, a Apple entrou em uma disputa judicial com a desenvolvedora de jogos eletrônicos Epic Games e em uma investigação antitruste da Comissão Europeia sobre as regras da App Store, assim como em um caso semelhante do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Enquanto isso, em setembro, os desenvolvedores de aplicativos formaram um grupo chamado de Coalition for App Fairness, que visa um acordo mais justo para a inclusão nas lojas de aplicativos por meio de lobby contra o que caracterizam como “taxas excessivas” e “regras que dão aos próprios aplicativos da Apple uma vantagem injusta”.

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Arthur Guimarães

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