Apple, Nike e outras são acusadas de usar ‘trabalho forçado’ na China

Empresas como Apple, Nike e outras enfrentam crescentes pedidos para cortar relações com fornecedores acusados de se beneficiar e apoiar de “trabalho forçado” do povo uigur, uma minoria muçulmana na China.

Os Estados Unidos também aumentaram a pressão econômica, alertando as companhias para recusar negócios em Xinjiang, região no oeste da China onde está baseada parte da população uigure do país e estão localizadas fábricas que a usam como mão-de-obra. A Apple, assim como a Nike e outras empresas informaram que estão monitorando o problema.

A fabricante de calçados comunicou que está “fazendo investigações contínuas com nossos fornecedores na China para identificar e avaliar riscos potenciais relacionados ao emprego de uigures ou outras minorias étnicas”.

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No mesmo sentido, a gigante do Vale do Silício informou que está investigando as acusações. “Não encontramos indícios de trabalho forçado nas linhas de produção da Apple e planejamos continuar monitorando”, ressaltou a empresa.

Ativistas afirmam que Apple e outras precisam fazer mais

Para os políticos a ativistas, as companhias precisam fazer mais se não quiserem ser cúmplices dos abusos cometidos pelo governo chinês contra os direitos humanos.

“As marcas e os varejistas deveriam ter encerrado isso há muito tempo, mas não fizeram e é por isso que essa exposição pública é importante e necessária”, avaliou Chloe Cranston, integrante da Anti-Slavery International, uma das organizações envolvidas na campanha. “Não se trata apenas de cortar os negócios com um fornecedor. É adotar uma abordagem abrangente”, acrescentou.

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Relatórios do Conresso norte-americano, assim como do Australian Strategic Policy Institute (ASPI) e outros, constataram que milhares de uigures foram transferidos para trabalhar em fábricas, ligadas a mais de 80 grandes marcas como a Nike e a Apple, em toda a China. De acordo com os documentos, as condições indicavam “fortemente o trabalho forçado”.

Arthur Guimarães

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