Apple é investigada na Europa por práticas anticompetitivas

A União Europeia iniciou nesta terça-feira (16) duas investigações sobre as práticas de negócio da gigante de tecnologia, Apple (NASDAQ: AAPL). As autoridades buscam entender se a empresa viola leis de competição por meio dos serviços Apple Pay e App Store.

O anuncio intensifica ainda mais a campanha do bloco europeu para conter as supostas tentativas dos gigantes do Vale do Silício de controlar os mercados e acabar com os rivais.

O Google (NASDAQ: GOOG), o Facebook (NASDAQ: FB) e a Amazon (NASDAQ: AMZN) também são acusadas de ter uma dupla função como operadores do mercado e como empresas que competem nesse mesmo ambiente.

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Se considerada culpada, a Apple poderá enfrentar uma multa de até 10% de sua receita anual e ser forçada a modificar suas práticas de negócios.

No entanto, um porta-voz da empresa declarou que  “é decepcionante que a Comissão Européia esteja apresentando queixas infundadas de um punhado de empresas que simplesmente buscam uma carona grátis e não querem seguir as mesmas regras de todas as outras”.

A relação delicada da Apple com a União Européia

As investigações aprofundam a longa batalha da UE com a companhia de tecnologia por questões tributárias e de concorrência. Em 2019 o serviço de streaming de música Spotify Technology apresentou uma queixa antitruste na Europa contra a Apple por regras supostamente restritivas para desenvolvedores que usam a sua plataforma App Store.

Em outro caso, as autoridades legais da Europa já haviam apresentado queixas sobre a forma como a Apple abusou de seu controle do Apple Pay para forçar as empresas de aplicativos a utilizarem seu sistema, em vez dos rivais.

Veja também: Apple começa a reabrir lojas nos EUA na próxima semana

De acordo com a vice-presidente executiva da UE, Margrethe Vestager, as autoridades buscam garantir que as práticas da Apple “não impeçam que os consumidores recebam os benefícios das novas tecnologias de pagamento”.

Daniel Guimarães

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