Apple tem primeira queda na receita e lucro do 1º trimestre na década

A Apple divulgou nesta terça (29) resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre fiscal de 2019, encerrado em dezembro passado. A empresa teve seu primeiro declínio em receita e lucro no primeiro trimestre fiscal em mais de uma década.

Houve uma queda de 5% na receita de vendas da Apple, que somou US$ 84,3 bilhões (mesmo assim, acima do esperado, que era de US$ 83,97). O lucro atingiu US$ 19,97 bilhões, e o lucro por ação chegou a US$ 4,18 (ante a expectativa de US$ 4,17 por ação). As estimativas foram compiladas pela Bloomberg.

A empresa de Cupertino disse esperar registrar uma receita de US$ 55 bilhões a US$ 59 bilhões para o segundo trimestre fiscal de 2019, que termina em março. A média dessa faixa ficou abaixo das expectativas de Wall Street, que exigia US$ 58,97 bilhões. Muitos analistas anteciparam, no entanto, uma queda nas vendas da Apple em comparação com o mesmo trimestre de 2017. Considera-se que haverá uma queda na demanda por aparelhos celulares e preocupações acerca da macroeconomia.

A Apple afirmou que espera margens brutas no segundo trimestre de 37% a 38%. A expectativa do mercado não previa a mínima abaixo de 38%.

O CEO da Apple, Tim Cook, abriu a conferência e disse que o trimestre ficou abaixo das expectativas. Ele citou fatores como o “timing” no lançamento dos produtos e circunstâncias desfavoráveis, como condições macroeconômicas fracas em mercados emergentes, como a China.

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Resultados do 1º trimestre de 2019 da Apple

  • Ganhos por ação: US$ 4,18
  • Lucro líquido: US$ 19,97 bilhões
  • Vendas: US$ 84,3 bilhões (queda de 5%)
  • Receita do iPhone: US$ 51,98 bilhões
  • Receita de Serviços: US$ 10,88 bilhões
  • Receita do Mac: US$ 7,42 bilhões
  • Receita do iPad: US$ 6,73 bilhões
  • Receita de vestuário, casa e acessórios (“Outros produtos”): US$ 7,01 bilhões
  • Receita na China: US$ 13,17 bilhões

As previsões da Apple para o 2º trimestre de 2019

  • Receita entre US$ 55 bilhões e US$ 59 bilhões
  • Margem bruta entre 37% e 38%
  • Despesas operacionais entre US$ 8,5 bilhões e US$ 8,6 bilhões
  • Taxa de imposto de aproximadamente 17%
Guilherme Caetano

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